As usinas do Centro-Sul moeram 50 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na segunda quinzena de agosto, crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período da safra passada. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
A produção de açúcar na safra 2024/25 somou 3,872 milhões de toneladas na segunda metade de agosto, alta de 18,2% na comparação com igual período do ano passado, que registrou 3,276 milhões de toneladas. O mix de produção destinado ao adoçante ficou em 54,2%, enquanto na quinzena anterior havia alcançado 55%.
Segundo Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica, o recuo no mix e a redução no teor de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) mostram que algumas usinas ajustaram a estratégia de alocação da cana entre açúcar e etanol. “Embora o ATR não tenha alcançado o pico do ano passado, os dados sugerem restrições operacionais nesse patamar e mudanças no direcionamento da matéria-prima”, afirma.
Na mesma quinzena, a produção de etanol atingiu 2,42 bilhões de litros. Por um lado, o etanol hidratado, usado diretamente nos veículos, registrou retração de 7,6% e totalizou 1,46 bilhão de litros. Já o anidro, que é misturado à gasolina, avançou 8,3% e chegou a 964,57 milhões de litros.
O etanol de milho manteve trajetória de expansão e, além disso, atingiu 405,92 milhões de litros na segunda metade de agosto. O volume representa alta de 17,5% em relação ao mesmo período do ciclo anterior. Com isso, a participação do milho no total produzido alcançou 16,8%. Para a Unica, esse avanço reforça a diversificação de matérias-primas e a relevância do biocombustível na matriz energética.
No período, 257 unidades estavam ativas no Centro-Sul. Destas, 237 processaram cana, 10 produziram etanol de milho e outras 10 atuaram de forma flex, alternando entre cana e milho. Portanto, o resultado significa um avanço, já que no ciclo passado, eram 261 unidades em operação.
A moagem avançou, mas a qualidade da matéria-prima foi menor. O ATR médio caiu de 155,82 quilos por tonelada em 2024 para 149,79 quilos neste ano, queda de 3,9%. Por isso, a Unica avalia que o cenário exige ajustes na estratégia das usinas para equilibrar a oferta de açúcar e etanol e atender à demanda do mercado interno e externo.
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