As inovações da Embrapa Soja estão entre os destaques da Conferência Internacional da Mesa Redonda da Soja Responsável (Round Table on Responsible Soy Association – RTRS), que acontece nos dias 17 e 18 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
O evento reunirá representantes de toda a cadeia da soja, lideranças internacionais e especialistas em sustentabilidade.
Na Sessão 4 – “Getting practical: solutions for Regenerative Agriculture & Carbon”, no dia 18, o pesquisador da Embrapa Soja, Marco Antonio Nogueira, participará das discussões sobre práticas regenerativas e estratégias relacionadas ao carbono. A presença da instituição reforça o papel da pesquisa científica na busca por soluções que unam produtividade, resiliência climática e sustentabilidade.
Desde a década de 1970, a Embrapa tem sido protagonista no desenvolvimento de tecnologias que transformaram a agricultura tropical, como a correção da fertilidade dos solos, o sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o zoneamento agrícola de risco climático (Zarc) e o uso de bioinsumos.
Um dos marcos da instituição é a fixação biológica de nitrogênio (FBN), base do cultivo da soja no país. Três das quatro cepas hoje autorizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para a produção de inoculantes foram obtidas pela Embrapa, a partir de pesquisas que selecionaram bactérias altamente eficientes.
A Embrapa Soja também desenvolveu práticas de manejo conservacionista e de recuperação de áreas degradadas, como o Sistema Santa Fé, que integra braquiárias a culturas como milho e soja, aumentando a produção de forragem e melhorando a qualidade do solo.
O uso de insumos biológicos na agricultura cresce de forma acelerada no Brasil, acompanhando tendência mundial. Segundo o pesquisador Marco Antonio Nogueira, os produtores brasileiros estão entre os mais dispostos a adotar essas tecnologias, em parte pela experiência consolidada com inoculantes e agentes de controle biológico.
Na soja, por exemplo, já se utiliza mais insumos biológicos do que químicos para o controle de fitonematoides. A adoção do Sistema Plantio Direto e o avanço dos bioinsumos refletem uma transição gradual para práticas de menor impacto ambiental, estimulada tanto pela pesquisa quanto pelo setor privado.
Para Nogueira, iniciativas como a RTRS ajudam a aproximar os diferentes atores da cadeia produtiva e reforçam a adoção de boas práticas. “Essas estratégias de transferência de tecnologia contribuem cada vez mais para sistemas regenerativos, beneficiando produtores e a sociedade. Essa é a contribuição que a agricultura brasileira pode oferecer: além de alimentos, fibras e bioenergia, sustentabilidade”, conclui o pesquisador.
A cultura apresenta desenvolvimento e estado fitossanitário adequados em função da alternância regular entre períodos…
Mato Grosso se destacou em julho de 2025 como o segundo estado do país com…
O mercado brasileiro de soja registrou poucos negócios nesta quinta-feira. De acordo com Rafael Silveira,…
A cultura do milho deverá apresentar, na Safra 2025/2026, expansão da área plantada para 785.030…
Após colher a maior safra de milho da história – 55 milhões de toneladas –,…
A balança comercial brasileira fechou o mês de agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões,…