Após a Justiça conceder uma liminar que suspende os efeitos da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a Moratória da Soja, o diretor-executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, afirmou estar confiante de que o órgão irá recorrer e reverter a medida.
Em entrevista ao jornalista Ricardo Araújo, no Mercado & Cia, desta terça-feira (26), Fabrício destacou que a liminar já era esperada. “É uma tendência que, quando existe uma decisão que mexe com o mercado, haja uma judicialização”, avaliou.
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Segundo ele, a decisão do Cade foi consistente e baseada em argumentos sólidos. “Não temos dúvida de que o Cade pode recorrer da decisão, derrubar essa liminar concedida e manter sua determinação anterior”, afirmou.
O dirigente da Aprosoja acredita ainda que a Justiça acabará decidindo pelo fim da Moratória da Soja. “Já existem outras ações no STF que caminham nesse sentido. Estamos confiantes de que sairemos vitoriosos no final”, completou.
No dia 18 de agosto, o Cade acatou uma medida cautelar determinando a suspensão imediata da Moratória da Soja. O processo foi iniciado a partir de representações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Aprosoja-MT, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Embora com argumentos diferentes, todas as entidades alegaram que a Moratória configuraria prática ilícita e deveria ser condenada. Mais recentemente, apenas a CNA solicitou providências urgentes, sustentando haver prejuízos concretos aos produtores que não poderiam esperar a tramitação completa do processo. Para isso, apresentou parecer econômico apontando danos ao setor e ao país.
Com a decisão, o Cade determinou que as empresas envolvidas suspendessem imediatamente o acordo, argumentando que a medida era necessária para evitar o agravamento dos prejuízos até a conclusão do processo.
No entanto, na segunda-feira (25), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) obteve na Justiça uma liminar suspendendo os efeitos da decisão do Cade. A entidade contestou o caráter monocrático da medida e alegou afronta ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal.
A Moratória da Soja é um pacto multissetorial que impede tradings de adquirirem grãos produzidos em áreas desmatadas no bioma amazônico após julho de 2008.
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