O mercado da soja entrou na reta final de agosto em clima de disputa. O Brasil ainda domina os embarques na China e aproveita prêmios de exportação elevados, mas a proximidade da colheita nos Estados Unidos pode acirrar a concorrência. Segundo a plataforma Grão Direto, nesse cenário, o clima no Meio-Oeste americano e os relatórios do USDA assumem protagonismo na formação dos preços e nas decisões do produtor.
A semana da soja em Chicago foi de recuperação. O contrato de setembro/25 subiu 1,34%, fechando a 10,36 US$/bushel, apoiado na previsão de clima mais seco e quente no Meio-Oeste dos EUA. Segundo a plataforma Grão Direto, apesar de 68% das lavouras seguirem em boas ou excelentes condições, o mercado negociou “a previsão, não o fato”.
No Brasil, os preços ganharam sustentação com o dólar firme e prêmios de exportação elevados, reflexo da forte demanda internacional. O ritmo intenso dos embarques reforçou essa tendência, com a Anec revisando para cima a projeção de exportações em agosto para 9,38 milhões de toneladas, bem acima de 2024.
Enquanto o Brasil lidera os embarques, o USDA já mostra foco na nova safra americana (2025/26). O relatório da última quinta-feira (21/08) apontou vendas dentro das expectativas, sinalizando a transição sazonal e lembrando que a janela de prêmios máximos ao Brasil começa a se estreitar.
A volatilidade em Chicago seguirá ditada pelo clima. Um padrão mais seco pode sustentar novas altas, enquanto chuvas generalizadas tendem a retirar rapidamente o prêmio de risco. O produtor deve acompanhar os mapas climáticos, pois eles podem definir o rumo dos preços nesta fase crítica de enchimento de grãos.
Para o Brasil, a janela de oportunidade de exportar com prêmios elevados diminui com a proximidade da colheita nos EUA. A demanda chinesa em breve terá a alternativa da safra americana, o que tende a acirrar a concorrência e pressionar diferenciais pagos pelo grão brasileiro. As próximas semanas podem ser as melhores em termos de relação de troca no semestre.
Nesta segunda-feira (25), o relatório de Acompanhamento de Safras do USDA pode trazer os primeiros sinais dos impactos climáticos. Já na quinta-feira (28), será a vez do relatório de Vendas Semanais para Exportação, crucial para medir o ritmo da demanda pela nova safra americana. No Brasil, não há publicações relevantes da Conab previstas para esta semana.
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