Os preços da pluma de algodão registraram queda acentuada nas últimas semanas, impulsionados por uma combinação de fatores que incluem o avanço da safra, estoques elevados e demanda doméstica e internacional enfraquecida. Dados do Cepea revelam que o Indicador CEPEA/ESALQ (pagamento em 8 dias) atingiu em julho/25 a média de R$ 4,1061 por libra-peso, marcando recuo de 4,03% frente a junho e ficando 2% abaixo do patamar de julho do ano anterior em termos reais – o menor valor médio desde novembro/24 em termos nominais.
Três fatores principais explicam essa trajetória descendente: o ritmo acelerado da colheita nas principais regiões produtoras, que aumenta a oferta disponível; o volume significativo de estoques acumulados no mercado interno; e a retração na procura tanto por parte da indústria têxtil nacional quanto dos compradores internacionais. A queda nos preços internacionais da commodity tem sido particularmente impactante, reduzindo a competitividade do algodão brasileiro no mercado externo e limitando as oportunidades de exportação.
O atual cenário coloca os cotonicultores em uma situação delicada, especialmente aqueles com custos de produção elevados. Com a tendência de preços em declínio e a perspectiva de manutenção de uma demanda moderada, os produtores se veem diante do desafio de gerenciar seus fluxos de comercialização para minimizar perdas. Analistas do setor acompanham com atenção a evolução desse quadro, que pode se manter nos próximos meses caso não haja uma retomada mais vigorosa das compras por parte dos principais importadores globais ou ajustes significativos na oferta.
Enquanto isso, a cadeia do algodão se prepara para um período de margens mais apertadas, com a necessidade de buscar eficiências operacionais e estratégias comerciais que permitam navegar por esse momento de preços em baixa. A atenção agora se volta para os próximos relatórios de oferta e demanda globais, que poderão trazer sinais sobre a possível reversão ou continuidade dessa tendência de mercado.
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