Alimentos frescos, histórias de superação e oportunidades concretas de negócios: essa é a realidade vivenciada por mais de 70 produtores de pequena escala que participam das feiras organizadas pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT) e pela Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer/MT), em diferentes regiões de Mato Grosso. Com apoio do Governo do Estado, o modelo fortalece a inclusão produtiva, conecta agricultores ao consumidor final e movimenta a economia local.
Nesta semana, parte desses agricultores está presente em dois grandes eventos: a Feira Estadual da Agricultura Familiar e Turismo Rural (Feaftur), realizada de 6 a 10 de agosto, no Festival Internacional de Pesca (FIT), em Cáceres, e em Barra do Garças. Os dois eventos contam com a participação de produtores apoiados pela Seaf e Empaer. A estratégia faz parte de um esforço coordenado para ampliar a renda de quem vive do campo e garantir visibilidade aos produtos da agricultura familiar mato-grossense.
Histórias como a da produtora Jacira Correia Sarato, de Nossa Senhora do Livramento, mostram o potencial transformador dessas iniciativas. Especialista em produtos fitoterápicos, Jacira começou a produzir o “cura tudo” – preparado com cará, casca de abóbora e canela – durante a internação da filha por Covid-19. Hoje, ela atende clientes de todo o Estado e já se prepara para representar Mato Grosso no 9º Salão Nacional do Turismo, que será realizado de 21 a 23 de agosto, no Complexo Anhembi, em São Paulo.
Em Cuiabá, as feiras da agricultura familiar ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, no estacionamento da Seaf e da Empaer, no Centro Político Administrativo (CPA). O espaço já se consolidou como ponto de referência para consumidores em busca de alimentos frescos, livres de atravessadores e com origem garantida. Entre os produtos comercializados estão queijos, iogurtes, hortaliças, doces caseiros, mel, castanhas, plantas medicinais e itens artesanais.
Leandro Ferreira dos Santos, de Santo Antônio do Leverger, é um dos expositores. Com produção de alface americana, coentro, rúcula, pimentão e almeirão, ele destaca os desafios da rotina no campo. “Tudo acontece no tempo da natureza, não no nosso tempo. Trabalhar com a terra é semear saúde para colher qualidade de vida”, afirma.
As feiras também se espalham por outros pontos da Capital, como a tradicional edição realizada toda terça-feira, a partir das 17h, no Sesc Arsenal. Segundo o técnico da Empaer e organizador das ações, Geraldo Donizete Lúcio, os eventos vão além da comercialização.
“A feira conecta o produtor a novos clientes, incentiva encomendas futuras e articula redes de negócios que alcançam outras regiões”, pontua.
Para a secretária de Agricultura Familiar, Andréia Fujioka, as feiras são um instrumento poderoso de desenvolvimento rural. “Nosso objetivo é garantir espaços permanentes de comercialização e melhorar a qualidade de vida das famílias do campo, promovendo autonomia e geração de renda”, ressalta.
O presidente da Empaer, Suelme Fernandes, reforça o impacto direto nas cadeias produtivas. “As feiras eliminam intermediários, valorizam o trabalho do agricultor e estimulam o empreendedorismo rural”, conclui.
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