Categories: Featured

Tecnologia ajuda produtores a combater pragas e reduzir defensivos


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) acaba de dar mais um passo no avanço da agricultura de precisão no Brasil. Em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a instituição desenvolveu o MonitoraOeste – uma ferramenta digital gratuita que permite aos produtores do Oeste da Bahia monitorar, em tempo real, o risco de pragas e doenças nas lavouras de soja e algodão.

O sistema integra dados meteorológicos e informações coletadas no campo, como a captura de esporos e insetos em armadilhas, para gerar mapas de risco e alertas personalizados. Com isso, o agricultor pode decidir com mais precisão o momento certo de aplicar defensivos, evitando desperdícios e reduzindo a exposição desnecessária de plantas, solo e pessoas aos produtos químicos.

Mais do que um aplicativo, o MonitoraOeste representa uma mudança na lógica de manejo: sai o uso preventivo e generalizado de defensivos, entra o uso racional e localizado, guiado por dados. Entre os alvos monitorados estão a ferrugem asiática da soja, a mancha-da-ramulária no algodoeiro e o bicudo-do-algodão –  praga que há décadas desafia a produção no cerrado baiano.

A ferramenta está disponível em versão mobile para Android e iOS, e também em plataforma web, com visualizações por município, cultura e núcleo fitossanitário. Segundo a Embrapa, o sistema foi construído a partir de uma rede colaborativa entre pesquisadores, técnicos, produtores e instituições ligadas ao setor agrícola.

Além da Abapa, participam do projeto a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento (Faped), o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), a Fundação Bahia, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), além de consultorias técnicas e diferentes unidades da Embrapa, como a Embrapa Algodão, Embrapa Soja e Embrapa Agricultura Digital.

A expectativa é que a adoção do MonitoraOeste cresça nos próximos ciclos, contribuindo não só para o aumento da produtividade, mas também para a redução de custos, riscos ambientais e emissões de gases de efeito estufa. Para os idealizadores, trata-se de um exemplo claro de como ciência, tecnologia e cooperação podem se traduzir em ganhos concretos para o campo.

*(Com informações do Pensar Agro)

agro.mt

Recent Posts

BASF reforça seu compromisso com o sistema de distribuição durante o 14º Congresso da ANDAV

São Paulo, 31 de julho de 2025 – A BASF Soluções para Agricultura estará presente no 14º…

4 horas ago

Setor cafeeiro pode ser forçado a redirecionar produção, diz Cepea

A partir de 6 de agosto, a exportação do café brasileiro para os Estados Unidos…

4 horas ago

Syngenta vence duas categorias do Top of Mind Rural 2025 e reforça liderança no agronegócio brasileiro

A Syngenta, referência global em inovação agrícola, foi destaque em duas categorias no prêmio Top of…

4 horas ago

Cesta básica segue em queda e atinge valor mais baixo em cinco meses em Cuiabá

A cesta básica em Cuiabá fechou julho com mais uma queda semanal, dessa vez, o recuo…

4 horas ago

MPF investiga construção de estrada dentro da Terra Indígena Parque do Xingu em MT

De acordo com o inquérito, as obras não possuíam licença ambiental e teriam causado danos…

5 horas ago

Harpia é solta no Pará após passar por tratamento e reabilitação em Mato Grosso

A ave foi avaliada e tratada em Sorriso, em uma clínica conveniada da Sema; a…

5 horas ago