Muitas vezes visto como um setor tradicional, o agronegócio tem se tornado um campo aberto de oportunidades para desenvolvedores e empresas de tecnologia. Um dos caminhos mais promissores, já consolidado nos Estados Unidos, é a oferta de consultorias especializadas em agricultura digital. Como funciona? Com inteligência artificial, é claro!
O serviço consiste na oferta de aconselhamento sobre práticas de manejo específicas, ou seja, o que e onde plantar. Mas o diferencial está no porque dessa recomendações.
Pesquisadores desenvolveram um modelo de machine learning que não só prevê quais culturas darão resultados melhores em condições específicas, mas também explica o motivo. É um salto de qualidade, já que a maioria das ferramentas de inteligência artificial na agricultura ainda operam como “caixas pretas”: recomendam ações, mas sem revelar sua lógica.
Detalhar quais fatores ambientais específicos influenciaram cada sugestão oferece aos agricultores dados concretos, que constroem confiança na tecnologia e em seus resultados.
E dá resultado mesmo. Treinado com dados ambientais abrangentes, incluindo nutrientes do solo, temperatura, chuva, umidade e níveis de pH, a nova IA alcançou uma impressionante precisão de 99,27%.
Na prática, significa que a inteligência artificial vai, por exemplo, recomendar o plantio de arroz em vez de algodão, e explicar que isso se deve aos níveis exatos de umidade do solo, as leituras de pH e os padrões de temperatura local.
Para se ter uma ideia, em 2016, 7% das áreas de plantação de milho nos EUA eram gerenciadas com pelo menos uma tecnologia de precisão e contavam com um consultor para desenvolver ou interpretar mapas de produtividade ou sensoriamento remoto. Isso demonstra que há um mercado em crescimento para quem oferece não apenas a tecnologia, mas também o suporte técnico para sua implementação.
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