Atravessando um período de estabilidade relativa, o mercado brasileiro de arroz encontra seu suporte fundamental em dois aspectos: a contenção firme da oferta pelos produtores e a performance otimizada do canal externo. A constatação é o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Segundo ele, ainda que o volume de negócios no físico permaneça abaixo do ideal, a escassez de vendedores no mercado spot – motivada pela expectativa de melhores condições de comercialização e pela frustração com os preços vigentes – tem impedido novas quedas e ajudado a manter as cotações em patamar levemente acima do mínimo de garantia.
Por outro lado, o varejo segue sem tração. “Grandes redes promovem ações agressivas para liquidar estoques, com pacotes de 5kg do arroz Tipo 1 sendo comercializados abaixo de R$ 10 em várias praças gaúchas, refletindo um descompasso total entre preços de prateleira, custos e valores negociados entre produtores e indústrias”, exemplifica o analista.
A lentidão nas vendas no varejo, aliada à dificuldade de repasse, faz com que as ofertas de compra por parte das beneficiadoras permaneçam limitadas – mesmo diante da menor pressão vendedora. “Neste cenário, a exportação ganha protagonismo como válvula de escape para reequilibrar o mercado interno”, lembra o consultor.
Julho já indica desempenho mais expressivo nas vendas externas, com potencial de gerar novo superávit mensal na balança comercial. “Além dos embarques já programados até o fim do mês, há rumores de novas cargas de arroz em casca sendo negociadas para os meses de agosto e setembro, especialmente com países latino-americanos”, informa Oliveira.
A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (10) em R$ 67,19, alta de 2% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo foi de 0,60%, enquanto, em relação a 2024, a desvalorização atingiu 42,03%.
Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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