As ações de agroenergia no Brasil remontam da década de 1970 com o Proálcool, que tinha como contexto naquele momento assegurar um combustível a um preço que fosse mais acessível à população. Passadas cerca de cinco décadas, o país segue avançando na transição energética e agenda climática, tendo os biocombustíveis como sua força motriz.
Conforme o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, entrevistado desta quinta-feira (10) do Programa Direto ao Ponto, os biocombustíveis foram pensados para garantir uma energia segura.
“O Brasil desenvolveu uma experiência bastante exitosa, aproveitando bem a indústria de cana-de-açúcar, que já estava estabelecida no país, para implementar um programa de produção do etanol. Já há 20 anos tivemos uma segunda fase, que é a do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, que deu um novo start dentro dessa agenda de agroenergia pensando agora num combustível que fosse substituto para o diesel”.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia pontua que o biodiesel hoje é um dos combustíveis no Brasil com a parte de regulamentação técnica mais extensa, ou seja, com o maior número de parâmetros para assegurar a sua qualidade.
“É lógico que quando estamos falando na questão de substituição, nós precisamos assegurar que isso seja feito de uma maneira paulatina e com todos os testes. O governo brasileiro ele já fez uma série de testes pensando em aumentar a mistura do biodiesel para até 20%, talvez até um pouco mais, com segurança e dentro dos motores atualmente vigentes”.
Alexandre Alonso salienta ainda que “os biocombustíveis, na verdade, são uma forma eficiente de reciclar carbono que já foi emitido”.
“Os biocombustíveis não só reciclam, mas eles podem ser um fato importante no sentido de remover carbono da atmosfera, uma vez que durante o processo produtivo das plantas pode-se fixar esse carbono no solo”.
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