Chicago: A cotação de setembro do milho, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 2,96% ou $ 12,00 cents/bushel a $ 418,00. A cotação para dezembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 2,73% ou $ 11,50 cents/bushel a $ 433,50.
O milho negociado em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. As cotações foram sustentadas por compras técnicas e pelo avanço dos fundos diante de preços deprimidos nas sessões anteriores. A confirmação de um acordo comercial entre EUA e Vietnã animou o mercado, com expectativa de que os vietnamitas importem até 12,7 milhões de toneladas de milho na safra 2025/26, segundo o USDA, No entanto, fatores de pressão permanecem no radar, como o bom andamento da safrinha brasileira e as ótimas condições das lavouras americanas. Já os dados da EIA mostraram leve queda na produção semanal de etanol, mas estoques abaixo da semana anterior.
Os atrasos na colheita no Brasil estão pressionando a logística em algumas regiões, o que tem encarecido o frete, prejudicando a renovação de estoques da indústria e o envio de milho para os portos. Com isso, o vendedor se retrai e o comprador evita aumentar os preços. Nesta gangorra os preços seguem variando em uma pequena faixa lateral.
Diante deste quadro, as cotações futuras de milho na B3 fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,24, apresentando baixa de R$ 0,46 no dia e baixa de R$ 1,33 na semana; setembro/25 fechou a R$ 61,94, com baixa de R$ 0,39 no dia e baixa de R$ 1,51 na semana; o vencimento novembro/25 encerrou a R$ 66,21, com baixa de R$ 0,22 no dia e baixa de R$ 1,01 na semana.
O milho ganhou tração com rumores de acordos que serão divulgados por Trump e anúncio concreto de um acordo comercial entre os EUA e o Vietnã. Vale ressaltar que, segundo o USDA, o país do Sudeste Asiático precisaria importar — de todas as fontes, em geral — aproximadamente 12,70 milhões de toneladas de milho na safra 2025/2026.
O acordo mencionado é uma má notícia para a Argentina, que vendeu 7,02 milhões de toneladas de grãos para o Vietnã em 2024, incluindo 6,76 milhões de toneladas de milho, segundo o Ministério da Agricultura argentino. No período janeiro/maio deste ano, segundo
dados oficiais, a Argentina já embarcou 2,13 milhões de toneladas de forragem para o Vietnã, além de 223.474 toneladas de trigo. Da mesma forma o Vietnã é importador de milho (948,2 mil tons) e de trigo (287,2 mil tons) do Brasil.
A tendência de alta também esteve relacionada à necessidade de tornar os preços um pouco mais atrativos diante da queda nas vendas internas dos produtores e da melhora observada no óleo e na soja.
Além da recuperação, fatores latentes de queda incluíram a continuidade das boas condições das lavouras americanas, em uma temporada que visa produzir uma safra recorde, e a pressão exercida pelo avanço da colheita da safrinha no Brasil e sua entrada no circuito comercial, o que garantirá forte concorrência no mercado externo de milho americano por pelo menos os próximos quatro meses.
O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA de hoje foi neutro, já que a produção diária de etanol caiu de 1.081.000 para 1.076.000 barris, um número que permaneceu acima do número do ano anterior de 1.064.000 barris, e os estoques de biocombustíveis foram ajustados de 24.404.000 para 24.100.000 barris, uma marca que estava acima dos 23.594.000 barris em estoque no mesmo período em 2024.
Fonte: T&F Agroeconômica
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