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EUA vendem 402,9 mil t de soja; Brasil mantém exportações firmes

O mercado global de soja segue em ritmo intenso neste final de junho, com destaque para os números divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo o órgão, as vendas líquidas norte-americanas da oleaginosa para a safra 2024/25 somaram 402,9 mil toneladas na semana encerrada em 19 de junho. O volume representa uma queda de 16% em relação à semana anterior, mas ainda assim é 83% superior à média das quatro semanas anteriores.

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Entre os principais destinos das vendas estão Holanda (63,4 mil t), México (60,6 mil t), Egito (60 mil t), Alemanha (58,3 mil t) e Bangladesh. Parte dessas negociações envolveu transferências de contratos originalmente classificados como “destino desconhecido”, uma estratégia comum no mercado para acelerar embarques futuros.

Apesar do recuo semanal, os dados indicam uma recuperação gradual da demanda internacional por soja americana, embora o foco comercial siga mais direcionado à América do Sul, especialmente ao Brasil. De acordo com estimativas da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o país deve embarcar até 14,99 milhões de toneladas de soja em junho, o que representa uma alta de 4,4% em relação ao mês anterior. Mesmo assim, a entidade ajustou para baixo o teto da estimativa anterior, que chegava a 15,3 milhões de toneladas.

Na Ásia, a China voltou a comprar farelo de soja da Argentina, em um volume de 30 mil toneladas, o primeiro desde 2019, e mantém negociações com o Brasil para garantir pelo menos 6 milhões de toneladas do grão até o fim de setembro. A movimentação reforça a necessidade do país asiático em diversificar seus fornecedores e garantir estoques, diante da instabilidade climática no cinturão agrícola dos Estados Unidos.

Enquanto isso, em Chicago, os contratos futuros da soja encerraram a quarta-feira (25) com leve alta, refletindo a combinação entre o avanço da colheita americana, o comportamento do dólar e a expectativa do mercado em relação ao próximo relatório de área plantada do USDA, previsto para o dia 30 de junho. Os contratos de novembro/2025, referência para a nova safra, são negociados em torno de US$ 10,21 por bushel.

No Brasil, o mercado interno permanece relativamente estável, com baixa liquidez nos últimos dias. Analistas apontam que o feriado prolongado e a falta de estímulos nos preços têm reduzido o ritmo de comercialização. Ainda assim, as projeções para a próxima safra são otimistas, com destaque para o volume exportado e o papel estratégico do Brasil como fornecedor global.

E t

agro.mt

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