Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,75% ou $ -3,25 cents/bushel a $ 431,50. A cotação para setembro, referência para a nossa safrinha, fechou em alta de 0,95 % ou $ 4,00 cents/bushel a $ 423,75.
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta terça-feira. A primeira cotação do cereal, referente a safra velha, fechou em queda com ajustes do mercado. Para a nova safra, as cotações fecharam em alta, com o apoio da forte alta do trigo e da possibilidade de um maior uso de Etanol com o agravamento do conflito entre Israel e Irã. O atraso na colheita no Brasil e o fraco desempenho nas exportações do país colaboraram para o fechamento positivo.
O programa de exportação brasileiro segue atrasado, maio registou uma queda se 90,6% em relação a 2024. Para os primeiros 10 dias de junho a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontou que o Brasil exportou apenas 7,8% do total do volume visto na mesma data do ano passado. Apesar da redução ano a ano da participação do mercado das exportações, o país depende de um volume mínimo para regular os estoques e os preços do mercado interno com uma paridade internacional.
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,87 apresentando alta de R$ 0,46 no dia, baixa de R$ -1,37 na semana; julho/25 fechou a R$ 63,86, alta de R$ 0,50 no dia, baixa de R$ -1,38 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 67,61, alta de R$ 0,30 no dia e baixa de R$ -0,69 na semana.
A valorização do real em relação ao dólar nos últimos dias contribuiu para o fortalecimento dos preços do milho nos EUA, o que prejudica a competitividade das exportações brasileiras. Isso também reduz os incentivos de venda para os produtores, que recebem menos reais por seus grãos. No entanto, em um cenário que vê uma sucessão de colheitas abundantes no Brasil, primeiro de soja e agora de milho, isso pode estar levando — como observado anteriormente — ao aumento das vendas de soja, que tem preços melhores que o milho, para abrir espaço para receber o milho nos armazéns, que já começam a mostrar sinais de estresse.
A recuperação foi limitada pelas boas condições das lavouras americanas. Nesse sentido, ontem o USDA declarou o plantio concluído e elevou a proporção de milho em boas/excelentes condições de 71% para 72%, número que igualou os 72% registrados no mesmo período do ano passado e superou a média de 71% prevista pelos produtores privados.
Entre os fatores que podem dificultar a melhora dos preços das commodities agrícolas americanas, a persistente falta de acordos entre a Casa Branca e os países que buscam tratamento tarifário diferenciado está a aproximação do prazo final de 9 de julho, data em que termina a pausa do governo Trump na imposição de tarifas recíprocas. Nesse sentido, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje que o Japão está sendo “duro” nas negociações comerciais e que a União Europeia ainda não ofereceu o que ele considera um acordo justo. “Estamos conversando, mas não acho que eles estejam oferecendo um acordo justo ainda”, disse Trump sobre a UE.
Ele acrescentou: “Ou eles fazem um bom acordo ou simplesmente pagam o que mandamos.” E sobre o relacionamento com o Japão, um dos países com os quais ele mais se reuniu nas últimas semanas, Trump disse aos repórteres que o acompanhavam no Air Force One após a reunião do G7: “Eles são durões, os japoneses são durões, mas, no fim das contas, eles precisam entender que simplesmente enviaremos uma carta dizendo: ‘É isso que vocês vão pagar, caso contrário, não precisam fazer negócios conosco’. Mas existe uma possibilidade.”
Fonte: T&F Agroeconômica
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