Em maio de 2025, os maiores acumulados de chuva ocorreram no centro-norte da Região Norte, leste da Região Nordeste e no Rio Grande do Sul, com volumes que ultrapassaram 150 mm, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já no interior da Região Nordeste e parte central do país, menores acumulados de chuvas foram observados, reduzindo os níveis de umidade do solo.
Na Região Norte, os maiores volumes de chuva foram superiores a 250 mm sobre o noroeste do Amazonas, Roraima e Amapá. Já no sul do Pará e do Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins, os volumes foram menores e inferiores a 150 mm. No geral, as condições de umidade do solo seguem favoráveis, beneficiando o milho segunda safra. Porém, a falta de chuvas em Tocantins pode ocasionar restrição hídrica em algumas áreas.
Na Região Nordeste, diversas áreas do interior tiveram acumulados de chuva abaixo de 70 mm, reduzindo os níveis de umidade do solo, principalmente na parte centro-norte da Bahia, além do oeste de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Volumes mais significativos ocorreram na costa leste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, com volumes acimados 200 mm, assim como no noroeste do Maranhão. Nestas áreas, o armazenamento hídrico segue satisfatório, favorecendo o feijão e o milho terceira safras.
Em grande parte da Região Centro-Oeste, os volumes de chuva ficaram abaixo de 70 mm, com exceção do noroeste do Mato Grosso, onde os totais ultrapassaram 100 mm. De modo geral, as condições seguem favoráveis. Entretanto, na porção oeste de Goiás, a redução mais significativa das chuvas resultou na diminuição dos níveis de umidade no solo. Este cenário pode afetar o milho segunda safra, que ainda se encontra em enchimento de grãos em algumas áreas do estado. Por outro lado, nas lavouras que já se encontravam em maturação, as condições permanecem favoráveis.
Na Região Sudeste, foram observados acumulados de chuva abaixo de 40 mm. Dessa forma, os níveis de umidade se encontram em níveis mais baixos em áreas do norte e noroeste de Minas Gerais e centro-norte de São Paulo, podem ocasionar restrição hídrica para o milho segunda safra e ao trigo de sequeiro nestas áreas.
Na Região Sul, os volumes de chuva foram acima de 120 mm em Santa Catarina e Paraná, enquanto no Rio Grande do Sul, os acumulados foram maiores e acima de 150 mm. Estas condições prejudicaram o avanço da colheita do feijão segunda safra. No entanto, favoreceu o milho segunda safra, que está em fase de enchimento de grãos no Paraná, e favoreceram a semeadura e início do desenvolvimento do trigo no Paraná e Rio Grande do Sul.
Em maio, as temperaturas máximas foram acima de 32 °C nas Regiões Norte e Nordeste. Em áreas do leste da Região Centro-Oeste, bem como nas regiões Sul e Sudeste, os valores permaneceram abaixo de 30 °C. Quanto às temperaturas mínimas, os valores superaram os 22 °C em grande parte da Região Norte e centro-norte da Região Nordeste. Já em grande parte das Regiões Sul e Sudeste, assim como em porções do oeste de Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal, as temperaturas mínimas foram inferiores a 18 °C.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIA
Na figura a seguir, é mostrada anomalia de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) entre os dias 25 e 31 de maio de 2025. Neste período, foram observados valores entre -0,2 °C e 0,6 °C ao longo da faixa longitudinal entre 80°W e 140°E, com águas ligeiramente mais frias que o normal na porção oeste do Pacífico Equatorial, enquanto no Pacífico leste as águas se mantiveram ligeiramente mais quentes. No entanto, analisando as anomalias médias diárias de TSM somente na região do Niño 3.4 (delimitada entre 170°W e 120°W) durante o final de maio e início de junho de 2025, observou-se uma elevação dos valores de anomalias, de -0,4 °C até -0,2 °C. Esse padrão indica a persistência de condições de neutralidade no Pacífico Equatorial, ou seja, valores de desvios entre -0,5 °C e 0,5 °C.
A análise do modelo de previsão do ENOS (El Niño – Oscilação Sul), realizada pelo Instituto Internacional de Pesquisa em Clima (IRI), aponta para permanência das condições de neutralidade durante o trimestre junho, julho e agosto, com probabilidade de 73%.
PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO JUNHO, JULHO E AGOSTO DE 2025
As previsões climáticas para os próximos três meses, de acordo com o modelo do Inmet, são apresentadas na figura abaixo. O modelo indica a ocorrência de chuvas próximas ou acima da média em grande parte da Região Norte, no Nordeste, na faixa leste da Região Sudeste, além do Rio Grande do Sul, favorecendo a manutenção da disponibilidade hídrica nessas áreas. Por outro lado, há maior probabilidade de chuvas abaixo da média em grande parte das Regiões Centro Oeste e Sudeste, em áreas do interior do Nordeste, do sul da Amazônia, bem como no Paraná e de Santa Catarina.
Analisando separadamente cada região do país, a previsão indica chuvas acima da média no noroeste e sul do Pará, parte central do Amazonas, Rondônia e norte do Tocantins. Nas demais áreas, são previstas chuvas próximas ou abaixo da média. Embora o armazenamento de água no solo ainda se mantenha elevado na porção norte da região, em razão das chuvas dos últimos meses, a parte sul apresenta uma possibilidade de redução nos níveis de umidade do solo nos próximos meses.
Na Região Nordeste, a previsão é de chuvas acima da média no centro-norte da região. Nas demais áreas, a previsão é de distribuição irregular de chuvas, com volumes abaixo da média no sudeste e oeste da Bahia. Ressalta-se que, nos próximos meses há tendência de redução dos níveis de umidade no interior da região.
Para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o modelo do Inmet indica chuvas próximas e abaixo da média, exceto em áreas do nordeste do Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul e leste do Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde são previstas chuvas ligeiramente acima da média. Desta forma, existe uma tendência de redução das chuvas ao longo do trimestre e, consequentemente, uma diminuição dos níveis de umidade do solo.
Na Região Sul, são previstas chuvas acima da média no centro-sul do Rio Grande do Sul, que irão manter os níveis de umidade do solo elevados nos próximos meses. No restante da região, as chuvas poderão permanecer próximas e abaixo da média histórica.
Quanto às temperaturas, devem permanecer próximas e acima da média histórica em grande parte do Brasil. Nas Regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem superar os 25 °C. Na Região Centro-Oeste, as temperaturas médias devem variar entre 20 °C e 24 °C, enquanto nas Regiões Sul e Sudeste, as temperaturas podem ser mais amenas, com valores menores que 20 °C. No entanto, em áreas serranas, as temperaturas poderão ser inferiores a 15 °C devido à passagem de massas de ar frio.
Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do site do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).
Fonte: CONAB
Autor:Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos 2024/2025 – 9° Levantamento
Site: CONAB
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