Sustentabilidade
Intervalos mais curtos de aplicação favorecem o controle assertivo dos tripes – MAIS SOJA

Com crescente participação na cultura da soja, a ocorrência de tripes vem crescendo ano após ano. Em termos produtivos, dependendo da espécie, densidade populacional e estádio em que acometem a soja, perdas de produtividade de até 25% ou 10 sacas por hectare podem ser observadas (Zanattan; Nunes; Madaloz, 2023).
Os danos ocasionados polos tripes ao limbo foliar, resultam não só na ruptura e morte celular, como na transmissão de viroses e também redução da quantidade de estômatos viáveis nas plantas, estruturas essencial para a regulação da transpiração em condições de estresse hídrico. Nesse sentido, além de ter o desenvolvimento favorecido por condições secas, sob estresse hídrico, os danos ocasionados pelos tripes são ainda maiores.
Com ciclo de vida curto, de acordo com Glauber Stürmer, pesquisador da Rede Técnica Cooperativa – RTC, a fase de ovo a adulto da maioria das espécies de tripes varia entre 10 a 12 dias, enquanto que a fase de adulto apresenta duração de aproximadamente 10 a 12 dias (para machos) e de 15 a 20 dias (para fêmeas). Esse ciclo extremamente curto, favorece o aumento dos ciclos populacionais dos tripes, dificultando o controle efetivo das praga na lavoura.
Figura 1. Ciclo de vida de tripes em soja.
Dentre as principais espécies de tripes que acometem a soja, Stürmer chama atenção para Caliothrips phaseoli, Frankliniella schultzei e Frankliniella occidentali (Figura 2). De acordo com Glauber, a espécie Caliothrips phaseoli normalmente é mais facilmente monitorada e controlada quimicamente em relação as demais. As diferenças visuais das espécies de tripes auxiliam no monitoramento e identificação da praga, no entanto, por se tratar de pragas extremamente pequenas, o monitoramento deve ser criterioso.
Figura 2. Principais espécies de tripes de ocorrência em soja. Caliothrips phaseoli (A), Frankliniella schultzei (B) e Frankliniella occidentalis (C).

O hábito alimentar também pode variar de acordo com a espécie de tripes. As espécies Frankliniella por exemplo, também podem acometer estruturas reprodutivas das plantas, como flores, o que intensifica os danos à soja, durante o período reprodutivo da cultura.
Veja mais: Danos dos tripes na floração de soja
De acordo com Glauber Stürmer, os tripes podem acometer a soja desde o início do desenvolvimento da cultura, reduzindo a capacidade fotossintética da planta e consequentemente seu potencial produtivo. Nesse sentido, sob condições de baixas precipitações e/ou períodos de estiagem, o monitoramento e manejo dos tripes deve ser intensificado, independentemente do estádio de desenvolvimento da soja, mantendo intervalos de aplicação mais curtos para manejar assertivamente os tripes.
Confira abaixo as orientações de manejo para o controle de tripes trazidas pelo pesquisador da RTC Glauber Stürmer.
Inscreva-se agora no canal Rede Técnica Cooperativa – RTC clicando aqui!
Referências:
ZANATTA, F.; NUNES, M.; MADALOZ, J. OCORRENCIA DE TRIPES NAS CULTURAS DE SOJA E MILHO. PIONNER AGRONOMIA, CROP FOCUS, 2023. Disponível em: < https://www.pioneer.com/content/dam/dpagco/pioneer/la/br/pt/files/Crop_focus_ocorrncia_de_tripes_em_soja_e_milho.pdf >, acesso em: 09/05/2025.
Sustentabilidade
APROSOJA RS – SAFRA DE SOJA 24/25: pouco rendimento nas lavouras e desvalorização do grão – MAIS SOJA

A colheita da sofra de soja 2024/2025 chegou ao fim no Rio Grande do Sul. Devido à estiagem, quando a planta precisava de água para se desenvolver, a quebra já era esperada pelos produtores. De acordo com as informações da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Rio Grande do Sul – APROSOJA RS os números foram ainda mais impactantes: “esperávamos uma safra variando entre 22 e 23 milhões de toneladas e finalizamos com números entre 13 e 14 milhões de toneladas”, comentou o diretor – presidente, Ireneu Orth.
A metade sul do estado do Rio Grande do Sul possui o maior número de produtores afetados, tanto com as enchentes de 2024 quanto pela estiagem de 2025. Metade dos agricultores gaúchos tiveram perdas significativas, que se somam às três safras frustradas anteriores a esse período. “Após o início das mobilizações, em contato com produtores de diferentes regiões do estado, tivemos maior dimensão das perdas”, comentou Orth.
Não bastando o pouco rendimento nas lavouras, o grão está bastante desvalorizado. O preço da saca de soja no Rio Grande do Sul varia de acordo com a região, mas em média, está em torno de R$ 120 a R$ 135. Em Passo Fundo, o preço da saca de soja tem sido de R$ 122,96. No entanto, em Porto Alegre, o preço é estimado em R$ 133,14. Em Santa Maria, o preço é de R$ 122,96. Já em São Sepé, o preço também é de R$ 122,96. A cotação também varia de acordo com o local de armazenamento, se o produtor possui o grão na propriedade ou já fez a entrega para as cerealistas.
Com o propósito de ajudar o produtor rural, a Aprosoja RS lançou a ideia do projeto de securitização, que foi abraçada pelo senador Luís Carlos Heinze e, com o auxílio do chefe de gabinete Cláudio Santa Catarina, iniciou-se a formulação do projeto. Após, outras entidades engajaram e, atualmente, todos produtores estão unidos nessa luta.
Para o diretor da Aprosoja RS, o grande problema do endividamento, além das safras ruins e os preços baixos da soja, é o excesso de juros cobrados pelos bancos, especialmente para quem não conseguiu crédito subsidiado; “neste momento, apenas a securitização ajudará os produtores gaúchos”, finalizou.
Fonte: Aprosoja RS
Sustentabilidade
Governo brasileiro trava mercado de carbono e afasta bilhões em financiamento climático, alerta especialista – MAIS SOJA

O governo brasileiro tem adotado uma postura que limita a participação de empresas privadas e governos estaduais no mercado regulado de carbono, colocando o país em desvantagem em relação a nações vizinhas como Guiana, Paraguai e Peru, que já avançam em acordos bilaterais e na implementação de mecanismos de Ajuste Correspondente (CA).
Segundo avaliação de Pedro Plastino, especialista em negócios climáticos, durante as discussões do projeto de lei 182/2024, que trata sobre o mercado de carbono, o Ministério do Meio Ambiente tentou retirar dos estados a autonomia para conduzir programas jurisdicionais – uma tentativa que foi barrada pelo Congresso. No entanto, o governo federal mantém uma visão centralizadora, insistindo que apenas a União deve liderar a agenda climática nacional.
“A ausência de um mecanismo de CA impede que o Brasil acesse bilhões de dólares em financiamento climático internacional. Isso não afeta apenas a conservação florestal, mas também trava investimentos essenciais na transição energética, em projetos de biogás, carbono no solo, reflorestamento e outras soluções de mitigação climática”, comenta o especialista.
Plastino ainda conclui que, ao adotar uma postura restritiva e desconectada das dinâmicas internacionais, o Brasil perde não apenas recursos financeiros, mas também tempo e credibilidade em um cenário global cada vez mais competitivo na agenda climática.
Sobre o especialista
Pedro Plastino é um executivo brasileiro especializado em mercados de carbono e finanças sustentáveis. Cofundador do Future Climate Group, atuou como Chief Business Officer, liderando negociações estratégicas de créditos de carbono e iniciativas nos mercados de Equity, DCM e Asset Management. Anteriormente, foi Head de M&A na Potenza Capital, boutique afiliada ao BTG Pactual. Atualmente, é participante do Program for Leadership Development (PLD) da Harvard Business School, sendo o único representante do setor climático entre os 130 líderes globais selecionados.
Fonte: Assessoria de Imprensa Future Climate Group
Sustentabilidade
Colheita da safrinha 2025 de milho atinge 0,6% no Centro-Sul do Brasil, aponta Safras – MAIS SOJA

A colheita da safrinha 2025 de milho atingia 0,6% da área estimada de 15,407 milhões de hectares na sexta-feira (9), segundo levantamento de Safras & Mercado.
A ceifa atinge 0,9% da área no Paraná, 0,3% em Mato Grosso do Sul e 1% em Goiás. Em São Paulo, Mato Grosso e em Minas Gerais os trabalhos ainda não iniciaram.
No mesmo período do ano passado, a colheita de milho atingia 4,3% da área cultivada de 14,711 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 1,7%.
Matopiba
Na região do Matopiba, a colheita da safrinha 2025 de milho atinge 0,5% da área cultivada de 1,280 milhão de hectares. A ceifa atinge 1,2% da área no Tocantins, 0,2% no Maranhão e 0,4% no Piauí. Na Bahia os trabalhos ainda não iniciaram.
No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 0,8% na área cultivada de 1,184 milhão de hectares, enquanto a média dos últimos cinco anos para o período é de 0,3%.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
- Featured15 horas ago
Ministério da Agricultura confirma foco de gripe aviária em aves domésticas em Mato Grosso
- Business14 horas ago
O que agro quer com aeroporto executivo de R$ 100 milhões em Cuiabá, o maior do Centro-Oeste
- Tech18 horas ago
nem mesmo a pressão do dólar ‘freia’ a soja no Brasil
- Tech24 horas ago
frio, tempo seco e tempestades estão ‘no radar’
- Tech23 horas ago
Mapa lança livro sobre riscos em alimentos vegetais
- Sustentabilidade48 minutos ago
Governo brasileiro trava mercado de carbono e afasta bilhões em financiamento climático, alerta especialista – MAIS SOJA
- Sustentabilidade4 horas ago
Chicago/CBOT: A soja fechou em alta com melhor competitividade do grão americano – MAIS SOJA
- Sustentabilidade10 minutos ago
APROSOJA RS – SAFRA DE SOJA 24/25: pouco rendimento nas lavouras e desvalorização do grão – MAIS SOJA