O governo brasileiro tem adotado uma postura que limita a participação de empresas privadas e governos estaduais no mercado regulado de carbono, colocando o país em desvantagem em relação a nações vizinhas como Guiana, Paraguai e Peru, que já avançam em acordos bilaterais e na implementação de mecanismos de Ajuste Correspondente (CA).
Segundo avaliação de Pedro Plastino, especialista em negócios climáticos, durante as discussões do projeto de lei 182/2024, que trata sobre o mercado de carbono, o Ministério do Meio Ambiente tentou retirar dos estados a autonomia para conduzir programas jurisdicionais – uma tentativa que foi barrada pelo Congresso. No entanto, o governo federal mantém uma visão centralizadora, insistindo que apenas a União deve liderar a agenda climática nacional.
“A ausência de um mecanismo de CA impede que o Brasil acesse bilhões de dólares em financiamento climático internacional. Isso não afeta apenas a conservação florestal, mas também trava investimentos essenciais na transição energética, em projetos de biogás, carbono no solo, reflorestamento e outras soluções de mitigação climática”, comenta o especialista.
Plastino ainda conclui que, ao adotar uma postura restritiva e desconectada das dinâmicas internacionais, o Brasil perde não apenas recursos financeiros, mas também tempo e credibilidade em um cenário global cada vez mais competitivo na agenda climática.
Sobre o especialista
Pedro Plastino é um executivo brasileiro especializado em mercados de carbono e finanças sustentáveis. Cofundador do Future Climate Group, atuou como Chief Business Officer, liderando negociações estratégicas de créditos de carbono e iniciativas nos mercados de Equity, DCM e Asset Management. Anteriormente, foi Head de M&A na Potenza Capital, boutique afiliada ao BTG Pactual. Atualmente, é participante do Program for Leadership Development (PLD) da Harvard Business School, sendo o único representante do setor climático entre os 130 líderes globais selecionados.
Fonte: Assessoria de Imprensa Future Climate Group
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