Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -1,30% ou $ -5,75 cents/bushel a $ 438,25. A cotação para julho, fechou em baixa de -0,59% ou $ -2,50 cents/bushel a $ 420,75.
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta segunda-feira. As cotações do cereal oscilaram muito ao longo do dia, fechando com leves perdas no curto prazo e leves ganhos nos mais longos. O aumento das tarifas sobre o aço e alumínio anunciados por Donald Trump, sobre os já vigentes 25%, pode atrasar ou cancelar os acordos comerciais em andamento com Europa e Japão, assim como pioram o tensionamento com a China. Três grandes mercados consumidores do milho americano e seus subprodutos. O começo da colheita no Brasil do milho safrinha, com a perspectiva de aumento de safra de acordo com a Conab e outras consultorias, pressionaram as cotações do milho.
No entanto, a forte demanda interna e externa ainda vigente pelo milho, no mundo como um todo, com dúvidas sobre a área final de plantio nos EUA deram suporte para a leve alta nas cotações relativas a próxima safra, onde se espera um estoque de passagem menor globalmente.
Segundo o Cepea “Os preços do milho seguem em queda no mercado doméstico, aponta levantamento do Cepea. Pesquisadores explicam que a oferta do cereal vem aumentando, e a expectativa é que a disponibilidade continue elevada nas próximas semanas, sobretudo por conta do início da colheita da segunda safra. Esse cenário, conforme o Centro de Pesquisas, deixa vendedores mais flexíveis nos negócios e consumidores mais afastados das aquisições – estes demandantes compram apenas volumes para o curto prazo.
No início da semana passada, notícias indicando a possibilidade de geadas em parte das praças produtoras de milho até deram certo suporte aos valores, à medida que deixou produtores cautelosos. De qualquer forma, a perspectiva de ampla oferta no Brasil se sobrepõe e mantém os valores em queda.”
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 62,73 apresentando baixa de R$ -0,22 no dia, baixa de R$ -0,87 na semana; julho/25 fechou a R$ 64,33, baixa de R$ -0,35 no dia, baixa de R$ -0,93 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 67,53 baixa de R$ -0,26 no dia e baixa de R$ -1,04 na semana.
O total das nomeações de navios para carregar no porto de Paranaguá é um milhão de toneladas a menos que o mesmo período de 2023 e 800 mil tons a menos que em 2024. Isto está permitindo que os exportadores construam um programa de exportação maior neste porto. O frete para este destino está ajudando. Por isto, tornou-se mais viável para cargas do MT e GO do que por ferrovia para Santos.
Pelas tensões comerciais, que, longe de se atenuarem, estão ressurgindo devido às acusações de Trump contra a China e à decisão do presidente americano de aumentar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio de 25% para 50% a partir de depois de amanhã.
Este último fator tensiona ainda mais as relações com a União Europeia, bloco que negociava com a Casa Branca para evitar a imposição de tarifas de 50% sobre todos os seus produtos. Também complica as negociações com o Japão, que buscava firmar um acordo comercial com os Estados Unidos. “O Japão monitorará de perto o conteúdo específico da decisão. Consideramos esta série de medidas tarifárias extremamente lamentável e insistimos em sua revisão”, disse o porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, em entrevista coletiva hoje.
O limite para a queda foi estabelecido pela possibilidade de o plano original de plantio dos EUA não ser cumprido na extremidade leste do cinturão de soja/milho — o foco está em Ohio — devido a uma combinação de excesso de umidade, aumento e queda nos preços do milho e aumento nos preços do petróleo, que estão impactando os negócios de biocombustíveis.
O relatório semanal sobre inspeções de embarques foi positivo para o mercado americano, com o USDA relatando embarques de milho para o país hoje totalizando 1.576.006 toneladas, acima das 1.419.437 toneladas e da faixa esperada pelos traders, entre 1 e 1,535 milhão de toneladas.
Em seu relatório semanal, a consultoria AgRural divulgou o progresso da colheita do milho safrinha brasileiro, com cobertura de 1,3% da área no centro-sul do Brasil, ante 0,9% na semana passada e 4,7% no mesmo período em 2024. Além disso, a consultoria elevou sua projeção para o volume total de 124,80 para 128,50 milhões de toneladas, devido à previsão de produtividade superior à inicialmente estimada na maioria dos estados produtores, mas especificamente no Mato Grosso. Esse novo número foi superior aos 126,88 milhões de toneladas estimados pela Conab, mas inferior aos 130 milhões de toneladas previstos pelo USDA e a dados de outras empresas privadas, como Agroconsult e Safras & Mercado, que projetaram 140 e 139 milhões de toneladas, respectivamente.
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, informou que o andamento do plantio nos EUA está em 93% semeado até o dia 01 de junho, ante 87% da semana passada, 90% do ano anterior e 93% da média histórica. As plantas emergindo estão em 78%, ante 67% da semana anterior, 72% do ano passado e 77% da média histórica.
O USDA informou que 69% das lavouras estão em condições boas/excelentes, ante 68% da semana anterior e 75% do ano passado. 26% em condições regulares, ante 27% da semana passada e 21% do ano anterior. 5% em pobres/muito pobres, ante 5% da semana anterior e 4% do ano passado.
Fonte: T&F Agroeconômica
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