À medida que ocorre a finalização da safra de verão e o início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), as atenções dos produtores se voltam para as culturas de inverno.
No período, houve a intensificação das atividades de preparo das áreas destinadas à semeadura do trigo, com ênfase na aplicação de herbicidas, visando ao controle de plantas daninhas em áreas anteriormente ocupadas por soja. Esse manejo havia sido adiado pelo longo período sem precipitações, que limitavam a operação apenas em locais onde a umidade no solo mostrava-se mais elevada.
Observa-se também a tendência de plantio em sistemas menos tecnológicos, por meio do uso de sementes próprias e da redução na aplicação de fertilizantes. Entre os principais fatores que contribuem para esse cenário estão a descapitalização dos produtores, ocasionada pelas recorrentes frustrações de safra e pelo consequente aumento de custos de seguro agrícola privado ou de Proagro, bem como pela cotação atual do cereal, considerada insatisfatória pelos triticultores, o que torna a cultura pouco atrativa economicamente.
Conforme informações preliminares repassadas por cooperativas e por agentes de assistência técnica, o aumento na solicitação de testes para avaliar o percentual de germinação e o vigor de sementes salvas, além da menor demanda por material certificado e por financiamentos, reforçam a tendência de retração na área cultivada e na adoção de tecnologias para a Safra 2025.
A área cultivada na Safra 2024 no Estado foi de 1.331.013 hectares, e a produtividade foi de 2.781 kg/ha (IBGE). A Emater/RS-Ascar está realizando o levantamento de intenção de plantio para a Safra 2025, que deverá ser apresentado nas próximas semanas.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, os produtores permanecem apreensivos diante da baixa germinação de azevém espontâneo, observada até o momento, o que limita a eficácia do manejo inicial de plantas invasoras. Na Região Celeiro, em Tenente Portela, as primeiras lavouras foram implantadas dentro do período recomendado pelo ZARC.
Na de Bagé, em Santa Margarida do Sul e São Borja, as primeiras áreas estão sendo implantadas.
Na de Erechim, há previsão de redução da área a ser cultivada em razão dos baixos preços atualmente ofertados, dos elevados custos de financiamento e dos valores elevados do prêmio do seguro rural.
Na de Santa Rosa, levantamentos preliminares com empresas e cooperativas indicam tendência de redução de até 15% da área cultivada com trigo em relação à Safra 2024.
Na de Soledade, o planejamento das lavouras para a próxima safra ainda é marcado por grande indefinição, o que dificulta estimativas precisas sobre a extensão da área a ser cultivada e, consequentemente, sobre o volume da produção regional. As principais preocupações dos produtores concentram-se nos elevados custos de produção. Algumas propostas de custeio ainda estão em fase de elaboração.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,30%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 71,73 para R$ 70,80.
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Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1868
Site: EMATER/RS
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