A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais altos. O mercado alcançou seu maior patamar de preços em 28 dias, refletindo as crescentes preocupações com as condições das lavouras em importantes regiões produtoras globais: Rússia, China e Estados Unidos.
Além disso, os investidores buscaram um movimento de cobertura de posições vendidas, após o Chicago ter registrado, no mês passado, os menores preços dos últimos cinco anos.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, a competitividade logística e os preços agressivos têm garantido à Rússia espaço em mercados onde antes não havia presença significativa. No entanto, essa posição de destaque pode estar em risco, já que eventos climáticos extremos vêm comprometendo seriamente a produção em áreas estratégicas do país.
Segundo a Reuters, nesta quinta-feira (20), a maior região produtora de grãos da Rússia, Rostov, declarou estado de emergência diante de condições climáticas severas que ameaçam a safra de 2025. Após perdas significativas em 2024, quando a colheita regional de grãos caiu 22% e a de trigo recuou 38%, devido a geadas seguidas de seca, o novo cenário climático continua desfavorável.
A combinação de altas temperaturas e escassez de chuvas no início da primavera acentua o risco de uma nova quebra de safra. A situação se repete em outras importantes regiões produtoras, que também decretaram emergência agrícola após eventos climáticos semelhantes.
A rentabilidade do produtor russo está sendo corroída, e isso pode limitar a competitividade futura do país, alerta Bento.
Já nos Estados Unidos, uma queda inesperada na avaliação das lavouras ampliou o quadro altista, enquanto o clima seco na China reforçou os temores de quebra na produção.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de trigo de inverno. Segundo o USDA, até 18 de maio, 52% estavam entre boas e excelentes condições, 30% em situação regular e 18% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, 54% das lavouras estavam em situação de boa a excelente.
Os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam cotados a US$ 5,46 por bushel, alta de 17,00 centavos de dólar, ou 3,21%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em setembro encerraram a US$ 5,59 3/4 por bushel, avanço de 16,75 centavos de dólar, ou 3,08%, em relação ao fechamento anterior.
Fonte: Ritiele Rodrigues – Safras News
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