O clima favorável nos Estados Unidos permitiu um avanço mais rápido do plantio da soja, superior à média histórica. Esse ritmo acelerado elevou as expectativas de uma safra cheia, o que limitou a recuperação dos preços no início da semana.
Segundo a plataforma Grão Direto, em Chicago, o contrato para maio de 2025 fechou a US$ 10,44 por bushel com alta de 0,58%, enquanto o de março de 2026 encerrou a US$ 10,48 com leve avanço de 0,1%.
No Brasil, o ritmo de embarques segue abaixo do observado em abril. Segundo a Anec, as exportações de maio devem totalizar 12,6 milhões de toneladas, ante 13,5 milhões no mês anterior. Com isso, os prêmios seguem pressionados e os preços internos da soja permanecem contidos, com pouca movimentação também no mercado físico. O dólar ficou estável na semana, cotado a R$ 5,65.
Rumores sobre uma possível retomada de acordo comercial entre Estados Unidos e China trouxeram algum otimismo, com leves altas momentâneas nas cotações em Chicago. No entanto, sem anúncios concretos, os ganhos foram limitados. O mercado segue cauteloso quanto ao impacto dessas negociações nas exportações americanas.
Apesar do bom ritmo até o momento, um estudo da Universidade de Illinois mostra que as margens de lucro para milho e soja estão negativas. Isso pode levar produtores a reverem o tamanho da área cultivada, aumentando a incerteza sobre a real oferta e influenciando os preços nos próximos dias.
O relatório WASDE, divulgado em 12 de maio pelo USDA, trouxe estimativas de aumento nos estoques de milho e soja, reforçando a perspectiva de uma safra cheia nos Estados Unidos. Ainda assim, há dúvidas sobre a dimensão real da produção, o que pode manter o mercado instável a curto prazo.
Com a aproximação da próxima safra no Brasil, o mercado já começa a projetar custos e oportunidades. A queda recente do dólar e a redução nos preços dos fertilizantes ajudam a aliviar os custos de produção. No entanto, o alto custo do crédito continua sendo um desafio, o que deve impulsionar o uso do barter como alternativa para garantir insumos.
A retomada das conversas entre Estados Unidos e China pode mudar o equilíbrio do mercado. A China segue buscando diversificação de fornecedores, enquanto os EUA precisam manter a competitividade frente à safra recorde brasileira. Qualquer avanço ou retrocesso nas negociações pode afetar diretamente os preços da soja nos próximos dias.
Com clima favorável nos EUA, incertezas sobre margens de lucro, estoques em alta e contexto geopolítico indefinido, o mercado da soja deve seguir com tendência de estabilidade. A atenção continua voltada para os desdobramentos do plantio norte-americano e os próximos movimentos entre EUA e China.
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