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“Ser mãe no agro é inspiração”, diz ex-professora e produtora em Mato Grosso


“Ser mãe no agro é inspiração. É cuidar da terra e das pessoas com a mesma dedicação”.

Natural do Paraná, Karine Souza cresceu no campo mexendo na ordenha das vacas e auxiliando os pais na lavoura. Há 19 anos ela migrou para Ipiranga do Norte, região do Vale do Araguaia em Mato Grosso, onde trocou a sala de aula pela terra.

“Com sete, oito anos a gente já estava mexendo na ordenha das vacas. Fui criada assim. E minha mãe falou ‘você tem que estudar’. Ela falava que na lavoura não tinha futuro”, conta a produtora.

Formada em biologia, Karine virou professora e decidiu deixar a sua terra natal e apostar no interior de Mato Grosso, mais precisamente em Ipiranga do Norte.

“Uma cidade agrícola, em plena expansão de desenvolvimento econômico”, frisa ao Canal Rural Mato Grosso.

Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Da sala de aula ao Sindicato Rural

A decisão em deixar a sala de aula e voltar para o campo ocorreu após conhecer o marido, que era produtor rural.

Segundo ela, seus conhecimentos quanto aos trabalhos no campo foram crescendo neste meio tempo. Karine salienta que as ações realizadas pelas entidades do setor produtivo, conselhos para com os seus associados, foram de grande ajuda.

A busca e o conhecimento adquirido sobre o campo acabaram levando a produtora a presidir o Sindicato Rural de Ipiranga do Norte por três anos.

“A agricultura sempre foi um campo masculino, mas atualmente as mulheres estão se sobressaindo juntamente ao lado dos homens. Ser agricultura para mim é um grande orgulho”.

Futuro do agro preocupa

Mãe de três, Karina fala com orgulho dos gêmeos João Guilherme e Paulo Marcelo e da caçula Olívia Helena. Os três, por sinal, em especial os meninos de 17 anos, já seguem os passos do pai na lavoura.

Apesar dos ensinamentos aos filhos, Karine revela que de um modo geral há certa preocupação com o futuro do agro.

“Eu enxergo o futuro do agro com muita preocupação. Aqui na propriedade os nossos filhos já acompanham o desenvolvimento das lavouras. A gente já passa para eles. O primeiro trabalho, a primeira experiência com o agro já está sendo dentro de casa”.

Conforme a ex-professora, é muito importante disseminar “essa sucessão familiar já dentro da propriedade com os filhos”.

Outra preocupação é com relação à agricultura em si. “Estamos em um cenário de muita instabilidade jurídica e sem apoio dos governantes. Precisamos de apoio e atenção, pois a agricultura movimenta o país”.


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agromt

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