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Chuvas retornam para as lavouras de soja, mas calor pode desafiar produtores

O produtor de soja brasileiro entra nos preparativos para a próxima safra com uma previsão do tempo que, ao mesmo tempo que traz alívio, também acende um sinal de alerta devido ao calor intenso. O boletim climático mais recente da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) indica uma forte tendência de manutenção da neutralidade nas águas do Pacífico Equatorial.

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Em outras palavras, não há, por enquanto, previsão firme de retorno nem de El Niño, nem de La Niña. A condição neutra, segundo os dados, deve se manter pelo menos até o trimestre que vai de agosto a outubro, período importante para o início do plantio da soja.

Essa neutralidade climática é, em geral, bem recebida pelo setor agrícola, pois costuma trazer padrões de chuva mais previsíveis. E é exatamente isso que os mapas indicam. A expectativa é de que as chuvas retornem ao Centro-Oeste, interior do Sudeste, Sul e parte do Matopiba justamente no momento em que o solo começa a ser preparado para a semeadura.

As projeções de anomalia de precipitação para setembro mostram áreas com volume de chuva dentro ou acima da média histórica em importantes regiões produtoras como Mato Grosso, Goiás, Tocantins, parte de Minas Gerais e o oeste da Bahia. Isso significa que, a princípio, não deve haver falta de umidade para o início do ciclo da oleaginosa.

Calor previsto para algumas regiões

Apesar da volta das chuvas, as temperaturas continuam elevadas em boa parte do país. E esse fator precisa entrar no radar do produtor. Mesmo com a manutenção da neutralidade, os modelos climáticos indicam que o calor deve persistir nos próximos meses, o que pode influenciar tanto o desenvolvimento inicial das lavouras quanto a produtividade ao longo do ciclo. Além disso, há uma pequena chance de virada para uma condição de La Niña mais adiante, o que poderia alterar o comportamento das chuvas na fase reprodutiva da cultura.

La Niña e El Niño

Outro ponto importante é a divergência entre os modelos. Enquanto alguns apontam para uma possível transição para La Niña, outros sugerem o retorno do El Niño. A maioria, no entanto, indica que a neutralidade climática é o cenário mais provável até o fim do inverno e início da primavera, momento decisivo para o planejamento e início da próxima safra de soja.

Diante disso, a recomendação é que o produtor se mantenha atento aos próximos boletins e acompanhe de perto a evolução das previsões. A expectativa é de um início de plantio com boas condições hídricas, mas o calor intenso exigirá manejo cuidadoso e atenção redobrada ao calendário agrícola.

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