O mercado brasileiro de soja teve um dia de preços praticamente estáveis nesta sexta-feira, refletindo o fraco movimento nas negociações. Segundo o consultor da Safras & Mercado, Rafael Silveira, há um distanciamento entre vendedores e compradores, com os produtores segurando a comercialização diante de um spread mais elevado.
Os prêmios seguem mais fracos, já que muitas compras antecipadas já foram realizadas. A indústria continua com indicações acima da paridade de exportação, mas o interesse maior está em lotes menores e mais espaçados. “O mercado esteve mais fraco essa semana”, afirmou Silveira.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja encerraram a sessão em alta. O movimento foi puxado pela cobertura de posições vendidas antes da divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para segunda-feira, dia 12. A perspectiva de retomada das negociações comerciais entre China e Estados Unidos também ajudou a sustentar os preços.
Os mercados de Washington e Pequim devem ‘se reunir’ no fim de semana, na Suíça, em nova rodada para tentar selar um acordo tarifário. Hoje, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que uma tarifa de 80% seria adequada para conter as importações chinesas.
O mercado também se posiciona à espera das primeiras projeções do USDA para a safra 2025/26, que deverá apontar leve corte na produção norte-americana em relação à temporada anterior. A expectativa é de uma colheita de 4,325 bilhões de bushels, frente aos 4,366 bilhões de 2024/25. Para os estoques de passagem, a estimativa é de 351 milhões de bushels em 2025/26 e de 370 milhões para o ciclo atual, ante os 375 milhões indicados em abril.
No cenário global, os estoques finais de soja para 2024/25 devem ser revisados para 122,6 milhões de toneladas, ante 122,5 milhões em abril. A primeira estimativa para 2025/26 pode alcançar 125,3 milhões de toneladas.
O USDA também deve ajustar as projeções para a América do Sul. A produção do Brasil deve subir de 169 para 169,1 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina pode aumentar de 49 para 49,3 milhões.
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 6,75 centavos de dólar (0,64%), a US$ 10,51 3/4 por bushel. A posição novembro avançou 5,50 centavos (0,53%), a US$ 10,30 1/2 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo para julho caiu US$ 0,60 (0,20%), a US$ 294,10 por tonelada. Já o óleo subiu 0,12 centavo (0,24%), a 48,57 centavos de dólar por libra-peso.
O dólar comercial fechou em leve baixa de 0,12%, cotado a R$ 5,6541 para venda e R$ 5,6521 para compra. Durante o pregão, a moeda oscilou entre R$ 5,6370 e R$ 5,6705. No acumulado da semana, a queda foi de 0,01%.
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