O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,19%, ou $ -2,00 cents/bushel a $ 1039,25. A cotação de agosto, fechou em baixa de -0,02% ou $ -0,25 cents/bushel a $ 1035,50. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,68 % ou $ 2,0 ton curta a $ 293,0 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em baixa de -2,11 % ou $ -1,02/libra-peso a $ 47,33.
A soja negociada em Chicago fechou de forma mista nesta quinta-feira. A safra recorde do Brasil e o progresso do plantio nos EUA estão dificultando a recuperação dos preços neste momento. Os traders também estão atentos a novas manchetes sobre as relações comerciais entre EUA e China. O governo brasileiro estima que as exportações de soja do país aumentem de 3,9% em relação ao ano anterior.
O mercado americano segue preocupado com a ausência de acordos comerciais com os países compradores da soja americana, em especial a soja. A demora do governo americano anunciar a liberação de maior uso de óleo de soja na produção do diesel no país.
A soja fechou a sessão de Chicago com leves oscilações — as altas mínimas ocorreram a partir de novembro — e com muito menos entusiasmo do que o demonstrado pelos traders no início da sessão, após o anúncio feito na noite de anteontem pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, de que se reuniria com uma delegação chinesa na Suíça no fim de semana para tentar aliviar as tensões entre os dois países, que travam uma segunda guerra comercial. Essa perda de entusiasmo estava relacionada à possibilidade de as negociações se mostrarem mais longas do que as necessidades de um mercado que em outubro dependerá da demanda para “administrar” a nova safra. “Concordamos em conversar. No sábado e no domingo, decidiremos sobre o que falaremos. Tenho a sensação de que será sobre a redução da tensão, não sobre o grande acordo comercial, mas precisamos reduzir a tensão antes de podermos avançar”, disse a autoridade em entrevista à Fox News.
Hoje, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que a posição do governo chinês não mudou. “Se os Estados Unidos desejam resolver a questão por meio do diálogo e da negociação, devem parar de ameaçar a China e se engajar em um diálogo baseado na igualdade no respeito e no benefício mútuo. A China salvaguardará firmemente seus direitos e interesses legítimos e cumprirá as regras da OMC e do sistema multilateral de comércio”, disse Lin em sua coletiva de imprensa diária, acrescentando: “Fiquem atentos aos detalhes do diálogo.”
Analistas do Citi Group alertaram hoje que as tensões entre os Estados Unidos e a China podem diminuir, mas o caminho a seguir será difícil. “Ambos os lados têm motivos para reduzir as tensões, mas o progresso será lento e desigual. Algumas tarifas poderão ser suspensas nos próximos seis meses para iniciar negociações mais amplas após as eleições de meio de mandato nos EUA”, avaliaram os especialistas da instituição financeira.
Hoje, o mercado foi novamente pressionado pela queda no valor do óleo de soja (a posição de julho caiu US$ 22,49 para um fechamento de US$ 1.043,43 por tonelada), em parte devido à falta de anúncios da Agência de Proteção Ambiental dos EUA sobre mandatos de corte. Vale lembrar que os fabricantes de biodiesel esperavam que a agência aumentasse o uso desse biocombustível na mistura com combustíveis fósseis antes do final de abril, o que não ocorreu.
Nesta quarta-feira a jornalista da Reuters, Karen Braun, publicou que o Brasil aumentou, pela 19ª safra seguida, o volume de produção de soja e deve continuar ainda mais. É uma
verdade que mantém os preços em queda, ainda mais no início da colheita, quando toda a oferta está ainda inteiramente disponível e não-consumida. Isto afeta tanto os preços em Chicago, quanto os do mercado interno brasileiro, como mostra o gráfico do CEPEA, ao lado.
Os preços do mercado interno estão tendo pressão adicional da queda do dólar. Com as tarifas impostas à China, o preço da soja em dólar nos portos brasileiros realmente aumentou entre US$ 14-16/tonelada, mas, na conversão, resulta que o exportador brasileiro e, por consequência, o produtor, recebem menos reais/saca. Mas, a queda do dólar também é uma consequência adicional das tarifas de Trump.
Fonte: T&F Agroeconômica
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