Chicago: A cotação de julho, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -3,04% ou $ -14,75 cents/bushel a $ 454,75. A cotação para julho, fechou em baixa de -1,65 % ou $ -7,25 cents/bushel a $ 432,75.
O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações do cereal cederam com as chuvas registradas nos últimos dias nos EUA, assim como os demais grãos. Com isso, o caminho para a supersafra americana de milho segue aberto. O mercado trabalhou com a perspectiva de um rápido avanço da semeadura, fato confirmado pelo USDA no relatório semanal após o fechamento da sessão.
Sobre o milho pesou o fato dos rendimentos do grão safrinha no Brasil estarem acima do previsto inicialmente. Vale ficar de olho na possível redução de estoques nos EUA pelo USDA em seu relatório mensal de oferta e demanda, visto as robustas vendas e remessas de milho americano até o momento.
O Cepea informou nesta segunda que “A demanda enfraquecida mantém os preços do milho em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, consumidores priorizam a utilização dos estoques e aguardam novas desvalorizações, fundamentados na possibilidade de uma boa colheita na segunda safra – com o clima favorável, o desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório na maior parte das regiões, e a produção deve crescer em relação à temporada anterior.
Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar de as atenções de vendedores estarem voltadas ao desenvolvimento da safra, estes agentes seguem mais flexíveis nas negociações, seja nos valores ou nos prazos de pagamento. Esse comportamento também pode estar relacionado a um receio de novas quedas nos preços, considerando-se o atual cenário de oferta maior, clima favorável e demanda enfraquecida. Neste contexto, o ritmo de negócios está lento no mercado interno. Em abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) acumulou baixa de 8,6%.”
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa no dia: o vencimento de julho/25 foi de R$ 65,70 apresentando baixa de R$ -1,37 no dia, baixa de R$ -1,58 na semana; julho/25 fechou a R$ 66,80, baixa de R$ -0,55 no dia, baixa de R$ -1,85 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 69,30 baixa de R$ -1,20 no dia e baixa de R$ -1,85 na semana.
Após completar sua terceira semana consecutiva de quedas na sexta-feira, o milho caiu novamente em Chicago em meio a tensões comerciais prolongadas e à falta de anúncios de acordos reais que deem algum sentido às longas negociações que autoridades americanas dizem manter diariamente com países que buscam evitar o impacto de uma escalada tarifária após a trégua estabelecida para a imposição de tarifas recíprocas.
O declínio contínuo no valor do petróleo — queda de 2% para cerca de US$ 57,10 por barril — continua sendo uma fonte de pressão, devido ao seu impacto no negócio de biocombustíveis.
Em termos de clima, choveu hoje na parte leste do cinturão de soja/milho, mas a partir de amanhã, espera-se uma trégua, o que deve acelerar o progresso do plantio de milho e soja nos dias 25 e 26 para o resto da semana. Isso significa que quase ninguém considera a possibilidade de os agricultores não conseguirem cobrir a área planejada — 38,58 milhões de hectares, contra 36,66 milhões no ciclo anterior — o que, com um clima relativamente normal, poderia resultar em uma colheita superior a 400 milhões de toneladas.
As chuvas na Argentina, que podem retardar a colheita, deram suporte muito parcial ao mercado.
Já que a perspectiva para o milho no Brasil melhorou significativamente após as chuvas recentes. Nesse sentido, na sexta-feira, a subsidiária brasileira da StoneX elevou sua estimativa de volume de safrinha de 101,60 para 104,30 milhões de toneladas e colocou sua previsão de produção total em 132,40 milhões de toneladas, acima dos 126 milhões previstos pelo USDA. “O desenvolvimento das colheitas nas regiões Centro-Oeste e Sul foi uma surpresa positiva, com contribuições climáticas significativas em abril”, disse o analista da StoneX, Raphael Bulascoschi, em um relatório da empresa.
O relatório semanal sobre inspeções de remessas nos EUA foi relativamente positivo. O USDA informou hoje que os embarques de milho totalizaram 1.608.350 toneladas, um pouco abaixo das 1.666.415 toneladas informadas no relatório anterior, mas próximo do máximo esperado pelos traders, que estimaram um possível volume entre 1,30 e 1,75 milhão de toneladas.
O USDA informou, no final da tarde dessa segunda-feira, informou que o andamento do plantio nos EUA está em 40% semeado até o dia 4 de maio, ante 24% da semana passada, 35% do ano anterior e 39% da média histórica. As plantas emergindo estão em 11%, ante 5% da semana anterior, 11% do ano passado e 9% da média histórica.
Fonte: T&F Agroeconômica
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