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Certificação de funcionalidade de adjuvantes supre brecha na legislação, que não exige registros para esses produtos – MAIS SOJA


Ao contrário dos defensivos agrícolas ou agrotóxicos, adjuvantes agrícolas não são submetidos a processos de registro oficial obrigatório no Brasil. Essa brecha regulatória implica riscos ao agricultor no tocante à qualidade dos adjuvantes que ele adquire. A avaliação vem do pesquisador científico Hamilton Ramos, diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.

Com objetivo de auxiliar a indústria brasileira de adjuvantes a respaldar a qualidade de seus produtos, o Programa Adjuvantes da Pulverização, iniciativa do CEA-IAC com 17 anos de atividades, criou o Selo Oficial de Funcionalidade para Adjuvantes Agrícolas, uma chancela aos produtos expedida pelo Instituto Agronômico. Ramos, por sinal, comemora o expressivo aumento de companhias que aderiram à iniciativa: mais de 40 empresas já submetem acima de 100 marcas de adjuvantes às análises do centro de pesquisas.

Ramos explica que os adjuvantes agrícolas constituem produtos adicionados à calda de defensivos agrícolas, anteriormente à aplicação destes últimos nas plantações, “com vistas a melhorar a eficácia de tratamentos e reduzir perdas nas pulverizações”. “Associado a um defensivo agrícola de alta tecnologia, um adjuvante de má-qualidade resulta em perdas relacionadas aos investimentos do produtor no controle de pragas, doenças e invasoras”, ele exemplifica.

“Todos os testes e pesquisas atrelados ao selo de funcionalidade ocorrem no laboratório avançado do CEA-IAC localizado na cidade de Jundiaí”, salienta Ramos. “O Selo de Funcionalidade é parte importante de um processo que no médio prazo visa a auxiliar o estabelecimento de normas que ancorem um sistema oficial de certificação, unificado, para tais produtos”, complementa Ramos.

Conforme o pesquisador, a emissão do Selo, após a adesão de empresas fabricantes, leva em média seis meses, a depender do resultado de pesquisa atrelado a cada produto avaliado pelos especialistas do projeto.

Fonte: Assessoria de Imprensa IAC



 


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