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. . . . . . . . . . . . . . . 14 de May de 2025

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Novo centro de treinamento vai capacitar profissionais para o agro

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O interior de São Paulo está ganhando um novo espaço com foco no desenvolvimento de talentos para o setor agrícola, o Centro de Treinamentos de Piracicaba. Com investimentos na ordem de R$ 6 milhões, a construção da unidade faz parte do Convênio de Cooperação Institucional da John Deere com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e Grupo Terraverde, concessionário da empresa.

Segundo a John Deere, o centro de treinamento vai fomentar a troca de conhecimentos técnicos e científicos, a capacitação de profissionais e a realização de pesquisas voltadas para avanços tecnológicos.

Desde o início do convênio, em maio de 2022, mais de 2 mil pessoas foram treinadas – e a nova estrutura proporcionará um impacto ainda maior. Com a ampliação, haverá maior oferta de programas de capacitação que combinam o conhecimento teórico à prática de campo.

Serão abertas turmas voltadas aos alunos da Esalq/USP e, com o apoio do Grupo Terraverde, serão oferecidos cursos específicos em “Operações e Ajustes”. Em breve, o local também passará a receber cursos voltados à comunidade, já disponíveis na plataforma Campus John Deere, permitindo que ainda mais pessoas tenham contato com tecnologias de ponta e com as melhores práticas do setor agrícola.

Funcionários da rede de concessionários John Deere também terão oportunidades de desenvolvimento no CT de Piracicaba.

Sobre o centro de treinamento

Localizado na Fazenda Areão, uma área experimental de 130 hectares anexa ao campus da Esalq/USP, o centro ocupa 1,5 mil m² e conta com cinco salas de aula, um local de eventos para até 130 pessoas, um refeitório, área coberta para treinamentos com máquinas e outra área, mas essa aberta, de 20 hectares para atividades.

Centro de Soluções Conectadas (CSC)

No espaço, os alunos poderão simular o trabalho de concessionários que centralizam e organizam informações da frota de máquinas dos clientes com sincronia da gestão, dados em nuvem e conexão total com o ecossistema da companhia.

“A criação do centro de treinamentos surgiu a partir de um modelo de negócio inovador, em colaboração com uma instituição de ensino de referência. Essa parceria permite que a John Deere e o Grupo Terraverde foquem seus investimentos em infraestrutura e programas voltados às reais necessidades do mercado, para que os estudantes saiam da universidade atualizados e aptos a aproveitar o melhor da tecnologia para tornar o agro ainda mais produtivo, rentável e sustentável”, afirma Cláudio Trevizan, gerente regional de Gestão de Conhecimento da John Deere.

Sala de aula do Centro de Treinamento de Piracicaba
Foto: divulgação / John Deere

De acordo com a empresa, inicialmente, as atividades serão direcionadas aos docentes e alunos da Esalq/USP, incluindo graduação, mestrado e doutorado, além de funcionários da John Deere, da rede de concessionários e produtores rurais atendidos pelo Grupo Terraverde.

Em breve, o centro também atenderá alunos do ensino fundamental e médio de escolas da região, promovendo o desenvolvimento do agronegócio. A nova estrutura se une a outros cinco Centros de Treinamentos no Brasil, em Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP), Goiânia (GO), Horizontina (RS) e Várzea Grande (MT).

Integração acadêmica e tecnológica

O convênio vai incentivar pesquisas nas áreas de modelagem, máquinas agrícolas, inteligência artificial e agricultura digital, ao mesmo tempo em que promoverá a criação de um ecossistema colaborativo entre a universidade e o setor privado, por meio de treinamentos, apresentações e a integração de docentes da Esalq/USP com profissionais da John Deere.

Além disso, o acordo apoia programas acadêmicos voltados à formação empreendedora, oferece bolsas de estudo e estimula o debate sobre os desafios da digitalização do campo.

“A integração com a John Deere pode produzir bons frutos se proporcionar para alunos e professores experimentarem o desenvolvimento tecnológico aplicado, levando para a sala de aula as inovações no momento em que elas ficam disponíveis no campo, sem defasagem. Trata-se de uma oportunidade para construirmos um ambiente onde o conhecimento científico e a inovação da indústria se encontram”, explica Thais Vieira, diretora da Esalq/USP.

Centro de treinamento John Deere (Piracicaba)Centro de treinamento John Deere (Piracicaba)
Foto: divulgação / John Deere

Fealq será responsável pela gestão administrativa e financeira dos recursos necessários à execução do Convênio, no âmbito da gestão dos projetos de pesquisa e treinamentos, bem como de bolsas de estudo concedidas a alunos de graduação e de pós-graduação.

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Brasil ganha zoneamento climático do abacaxi para todos os municípios

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O cultivo de abacaxi em território brasileiro acaba de ganhar um reforço importante: o primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura com abrangência nacional.

A nova ferramenta, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 13 de fevereiro, orienta produtores de todos os municípios do país sobre as melhores condições de plantio, com base em dados científicos e históricos.

Desenvolvido pela Embrapa, o novo Zarc atualiza e amplia a versão anterior, de 2012, e traz melhorias que prometem aumentar a produtividade e diminuir riscos, especialmente em regiões vulneráveis, como o Semiárido.

Classificação em níveis de risco

A nova versão traz três atualizações importantes. Uma delas é a classificação em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) associados às fases de desenvolvimento de frutos, desde a floração, passando pela frutificação, até a colheita, sendo 40% o risco máximo aceitável para o cultivo.

Com isso, são gerados calendários de plantio que indicam quando e onde a cultura pode ser mais produtiva e ter mais sucesso.

O engenheiro-agrônomo Mauricio Coelho, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), responsável técnico e coordenador do Zarc Abacaxi, ressalta que os riscos são importantes em diferentes períodos de desenvolvimento da cultura. Por isso, resolve-se utilizar critérios para quatro fases de crescimento:

  • Fase 1: implantação e o desenvolvimento inicial da planta;
  • Fase 2: crescimento vegetativo;
  • Fase 3: indução floral e início de frutificação; e
  • Fase 4: desenvolvimento do fruto até a colheita

Outra novidade é a categorização das classes de água disponível do solo, variando de 1 a 6, e não mais de 1 a 3.

“A variação de 34 a 184 milímetros por metro de profundidade, dependendo da textura do solo, representa melhor os tipos de solos existentes no Brasil. Essas classes de solo têm a ver com o armazenamento de água, essa capacidade afeta muito o risco climático”, ressalta o cientista.

Segundo ele, quanto menor for essa ‘caixa d’água’, mais acentuado vai ser o risco, a depender do solo. “Se houver tendência de acúmulo prolongado de água no solo, também será um dos problemas da cultura justamente o excesso de água. Áreas com encharcamento não são recomendadas para o cultivo do abacaxi”, esclarece Coelho.

Em relação à temperatura do ar, locais com probabilidades de geadas frequentes e plantios localizados em altitude superior a mil metros também foram considerados de risco climático elevado.

Outro avanço importante da nova versão é que, pela primeira vez, o sistema considera as exigências das principais variedades plantadas no Brasil, que foram divididas em dois grupos:

  • ‘Pérola’, ‘Turiaçu’ e ‘Smooth Cayenne’ (grupo 1, mais rústico)
  • ‘BRS Imperial’ (grupo 2, mais sensível aos estresses ambientais e que requer um cuidado maior no cultivo).

A portaria do Zarc Abacaxi obriga que, no estabelecimento de novas áreas com novas variedades devem ser utilizadas mudas produzidas em viveiros credenciados em conformidade com a Legislação Brasileira sobre Sementes e Mudas (Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, e Decreto nº5.153, de 23 de agosto de 2004).

Redução de riscos na cultura do abacaxi

Foto: Alessandra Vale

O engenheiro-agrônomo Hugo Borges Rodrigues, coordenador-geral de risco agropecuário do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agrisultura (Mapa), destaca que a atualização do Zarc Abacaxi é de grande relevância para a pasta, visto que integra o esforço contínuo de modernização das ferramentas de gestão de riscos agropecuários.

“Sua atualização reforça o compromisso do Mapa e da Embrapa com a sustentabilidade e a resiliência da produção agrícola nacional”, afirma.

“O principal benefício para o produtor que segue as orientações do Zarc é a redução do risco climático no cultivo, já que a ferramenta indica os períodos mais favoráveis ao plantio com base em critérios técnicos e científicos”, ressalta.

Além disso, conforme Rodrigues, o cumprimento das recomendações do Zarc é condição para o acesso a importantes políticas públicas de gestão de riscos, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Atualização dos dados meteorológicos

O pesquisador da Embrapa Agricultura Digital (SP) e coordenador da Rede Zarc Embrapa, Eduardo Monteiro, destaca as mudanças no novo zoneamento, em especial as ligadas à base de dados meteorológicos. “Agora são considerados os dados meteorológicos atualizados até 2022, incluindo, portanto, dados bem mais recentes em relação ao zoneamento antigo”, salienta.

A base de dados meteorológicos é composta por séries históricas obtidas a partir das redes de estações terrestres, meteorológicas e pluviométricas convencionais e automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O pesquisador Domingo Haroldo Reinhardt, que coordena as pesquisas com abacaxi na região de Itaberaba – principal produtor de abacaxi do estado da Bahia – e faz parte da equipe técnica do Zarc, ratifica as melhorias da ferramenta: “A metodologia foi bastante aprimorada, principalmente quanto aos níveis de capacidade de armazenamento de água, ainda mais para a região semiárida, como é o caso de Itaberaba, onde existem variações grandes dentro do mesmo município. Sem dúvida, o produtor novo deve recorrer ao Zarc, assim como aquele produtor que quer investir em novas áreas de plantio”.

Validação dos produtores

Pela primeira vez, o Zarc Abacaxi ganhou uma importante fase: a validação junto a produtores, técnicos e representantes da cadeia produtiva. Duas reuniões foram realizadas via internet com participantes das regiões Norte e Nordeste e da região Centro-Sul, respectivamente.

“Nós trabalhamos em um modelo que vai ser aplicado em todo o país, por isso, ele tem que representar bem as condições do desenvolvimento e dos riscos climáticos em todas as regiões. Precisávamos do feedback dos polos de produção para tentar corrigir alguma falha, se houvesse, antes da publicação das portarias”, explica Coelho.
Para Fernando Barreto de Melo, engenheiro-agrônomo e gerente-executivo da
Central de Suporte Técnico do Banco do Nordeste, que esteve presente à
reunião de validação, o Zarc possui papel muito significativo no
desenvolvimento da região. “Ser produtor rural no Semiárido nordestino requer,
além de paixão, muita resiliência, conhecimento técnico e capacidade
administrativa, pois os desafios para produzir, principalmente na agricultura de
sequeiro, em uma região com histórico de precipitação pluviométrica bastante
irregular no espaço e no tempo, são imensos. Para o produtor, o Zarc
possibilita menor risco e proporciona maiores possibilidades de sucesso no
empreendimento. Para as instituições financeiras, é mais uma ferramenta que
se une ao processo de crédito para dar mais segurança”, observa.
Silvia Abreu, engenheira-agrônoma da Gerência de Apoio à Produção Vegetal
do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do
Estado do Amazonas (Idam) e coordenadora do Projeto Prioritário do Abacaxi
em âmbito estadual, participou da validação do Zarc Abacaxi contribuindo com
informações técnico-científicas sobre a cultura, especialmente relacionadas ao
manejo e às condições edafoclimáticas ideais para o cultivo no estado, bem
como das discussões e ajustes dos resultados, com base na realidade local
dos produtores e nas observações de campo. “Considero o Zarc uma
ferramenta fundamental para o planejamento agrícola, que fortalece a
segurança alimentar e contribui para a sustentabilidade econômica da
atividade. Ele será incorporado às ações de planejamento da produção,
elaboração de projetos de crédito rural e capacitação das equipes técnicas,

garantindo que a assistência prestada esteja alinhada às condições mais
favoráveis ao sucesso das lavouras”, informa.
De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o estado do Amazonas ocupa o oitavo lugar na produção
nacional, com destaque para a variedade Turiaçu Amazonas, produzida em
escala comercial.
O Zarc Abacaxi pode ser consultado de duas maneiras. Por meio da plataforma
Painel de Indicação de Riscos, no site do Mapa, ou pelo aplicativo Zarc Plantio
Certo, para acesso pelos sistemas operacionais Android e iOS, de forma
gratuita.

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Governo do Maranhão suspende taxa sobre grãos e reduz alíquota a partir de agosto

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Após reunião entre produtores, empresários e representantes do governo do Maranhão, ficou acertado que a Contribuição Especial de Grãos (CEG) — taxa de 1,8% incidente sobre a saída de soja, milho, sorgo e milheto destinados à exportação ou à entrada desses produtos no estado — será suspensa até o mês de agosto de 2025.

O acordo prevê que, a partir de agosto, a alíquota passe a ser de 0,5%, e, em 2026, será fixada em 1%. Também ficou definida a criação de um conselho com a participação de todas as entidades envolvidas, que será responsável por deliberar sobre a aplicação dos recursos arrecadados. Inicialmente, os investimentos devem se concentrar na área de logística.

A decisão foi tomada durante a Agrobalsas 2025, realizada na Fazenda Sol Nascente, no município de Balsas, no sul do Maranhão.

Instituída pela Lei nº 12.428/2024, a CEG tem como finalidade financiar o Fundo Estadual de Desenvolvimento Industrial. A taxa incide sobre o valor da tonelada dos grãos, com base nos valores de referência definidos pelo Poder Executivo.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB) — que também é produtor rural — afirmou que compreende tanto as dificuldades enfrentadas pelo setor quanto os desafios fiscais do estado. “Houve um ano atípico em relação ao clima, e nós resolvemos abrir mão desse imposto”, justificou.

Segundo Brandão, a cobrança de taxas semelhantes ocorre em boa parte dos estados produtores de grãos. Com o novo entendimento, o Maranhão passará a ter o menor percentual do país. “Foi o acordo que fiz com eles, principalmente em função do verão com poucas chuvas. Neste momento, precisamos ser parceiros”, declarou.

Ele também destacou a importância dos conselhos que acompanharão a execução dos recursos. “Transparência é a melhor coisa que existe. Por isso, estou muito tranquilo com a participação deles nesse grande conselho.”

O presidente da Aprosoja Maranhão, Gesiel Dal Pont, afirmou que a decisão representa um marco para o setor. “Há alguns meses estamos tratando dessa demanda, diante da iminência da cobrança de um novo imposto, sem ouvir a palavra do produtor. Unimos todas as entidades e chegamos, junto com o governo, a um denominador comum, sem precisar judicializar a questão.”

Dal Pont também ressaltou a relevância do momento. “É um passo importante. Só prosperaremos com união, inteligência e parceria entre a iniciativa privada e o governo. Muitas vezes, vamos discordar, mas o importante é que isso não gere atrito.”

O presidente da Fapcen — organizadora da Agrobalsas —, Paulo Roberto Kreling, também comentou os desdobramentos positivos da negociação. “Ele (Carlos Brandão) nos surpreendeu com a redução das taxas sobre o transporte de grãos, algo que ninguém esperava. É com parceria e diálogo que vamos atingir nossos objetivos, que são o desenvolvimento do estado”, concluiu.

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Manga apresenta forte alta nos preços

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A última semana no Vale do São Francisco, região produtora de frutas, foi marcada por forte alta nos preços da manga. Isso é o que apontam os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

De acordo com o instituto, a média de preço nas negociações da manga palmer na última semana ficaram entre R$ 3,16/kg, na região. Isso representa um avanço de 9% no comparativo com o período anterior.

A variedade Tommy sofreu uma variação ainda mais intensa, chegando a R$ 3,63/kg, um aumento de 21% com relação à média da semana passada. 

De acordo com o Cepea, a movimentação é reflexo da baixa oferta na região e nas demais praças produtoras do semiárido.

Assim, a previsão para as próximas semanas é de que os preços continuarão em alta, uma vez que a oferta deverá seguir sendo limitada.

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