O mercado do arroz seguiu em ritmo de calmaria ao final de fevereiro, refletindo a postura compradora retraída e o avanço da colheita, que mantém a pressão sobre as cotações.
A safra 2024/25 no Rio Grande do Sul vem se consolidando acima das expectativas, com produção projetada para superar 8,2 milhões de toneladas, o que reforça o desafio do escoamento e pode impactar diretamente a precificação no médio prazo. “A oferta crescente tem pressionado os preços no mercado interno”, corrobora o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
No Rio Grande do Sul, o arroz em casca opera entre R$ 87,00 e R$ 90,50 a saca de 50 quilos FOB Fronteira Oeste, enquanto o “arroz velho”, remanescente da safra 2023/24, ainda troca de mãos por cerca de R$ 97,00 a saca.
Nos demais estados, as cotações variam entre R$ 100,00 e R$ 120,00 a saca de 60 quilos, com tendência de ajustes conforme a nova safra ganha força.
No mercado externo, o Paraguai já colheu mais da metade da safra e busca novos destinos para escoar a produção. “A forte dependência do Brasil como comprador tem gerado dificuldades, uma vez que a queda no preço do arroz brasileiro reduziu a necessidade do cereal importado”, explica o analista.
No varejo, há um aumento gradual do consumo, com ligeira melhora nas vendas neste primeiro bimestre. “O arroz vem ganhando maior espaço na cesta do consumidor, impulsionado pelo avanço da inflação dos alimentos, principalmente das proteínas. Esta dinâmica tem ajudado a manter a demanda aquecida no curto prazo, mas ainda sem força suficiente para alterar a tendência de mercado”, pondera o consultor.
Os preços ao consumidor seguem segmentados, com o pacote de 5kg variando entre R$ 22,00 para marcas comerciais e R$ 30,00 para marcas nobres. “Diante deste cenário, o mercado continua em um ponto crítico, onde a intensificação das exportações será fundamental para equilibrar a oferta e evitar um ciclo prolongado de desvalorização”, acredita Oliveira.
A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou a quinta-feira, dia 27, cotada a R$ 92,02, queda de 4,06% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia um recuo de 7,56%. E 14,54% inferior ao mesmo período de 2024.
Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência Safras News
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