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GDM lança a marca ‘Supra’ de sementes, após aquisição de ativos da KWS

A GDM, empresa do setor de sementes de soja e trigo, acaba de fortalecer sua participação no mercado de sementes de milho safrinha e de sorgo, com a marca Supra. O negócio foi viabilizado, de acordo com o líder de negócios de milho da GDM, Marcelo Salles, após a aquisição dos ativos da KWS na América do Sul, grande produtora de sementes de milho, que sozinha, já detinha 10% do mercado do insumo no continente sul-americano.

A aquisição do negócio de milho e sorgo da KWS pela GDM foi aprovada em agosto pelo Conselho de Defesa da Atividade Econômica (Cade), continua Salles. Ele comenta, ainda, que a operação permitirá à GDM “antecipar em pelo menos dez anos” sua estratégia de ingressar para valer no mercado de sementes de milho. “Até então, tínhamos alguma comercialização do insumo, com a marca própria Dom Mario, mas era algo inicial.”

Com a produção e comercialização de vento em popa, em cinco anos a GDM espera, no caso do milho, “estar entre as três grandes do setor no continente, hoje dominado por Bayer e Corteva”.

Atualmente, conta Salles, 45% da soja plantada no mundo tem a genética GDM. Para tanto, planeja investir pelo menos R$ 1 bilhão em pesquisa, desenvolvimento e inovação nos próximos cinco anos.

A venda de sementes de milho safrinha e sorgo deve incrementar em pelo menos 30% o faturamento total da GDM na América do Sul, comenta Salles, sem abrir, porém, os números. “A soja, hoje, representa 75% do faturamento do grupo. A ideia é que em cinco anos o milho seja responsável por 40% do faturamento total.”

Salles comenta que as estações de pesquisa que a GDM já tem no Brasil – em Passo Fundo (RS), Ponta Grossa e Cambé (PR), Lucas do Rio Verde (MT) e Uberlândia (MG) – passarão a abrigar campos de testes e desenvolvimento de variedades de milho safrinha.

Com estreia de vendas de sementes de milho já no plantio da safrinha 2024/25 sob a marca Supra, a GDM está otimista, diz o executivo. “Mesmo com o possível atraso no plantio da safrinha em decorrência do atraso na colheita de soja, a perspectiva é de aumento de área da safra de inverno”, diz Salles. “E a produtividade para o milho safrinha deve ser boa; o Paraná, por exemplo, que é grande produtor, conseguiu plantar a safrinha numa ótima janela.”

O executivo faz questão de observar que as variedades da KWS já conhecidas dos produtores, como K7510 VIP3 e o K9606 VIP 3, serão mantidas no portfólio, “destacando que o K9606 é um dos híbridos mais plantados na safrinha brasileira e que possui alta adaptabilidade e estabilidade”, reforça.

Além do milho, outro negócio recentemente firmado pela GDM é a entrada no mercado de sementes de trigo, com a aquisição, em 2024, da Biotrigo, marca de genética de trigo. “Com o salto no milho, agora, fechamos todo o ciclo produtivo das culturas anuais, vendendo sementes de soja, milho safrinha, trigo e sorgo”, finaliza o executivo.

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