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Trigo renova máximas em Chicago em meio a sinais de demanda pelo grão dos EUA – MAIS SOJA


A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais altos. O mercado fechou perto da máxima do dia, que foi, também, o maior nível desde 8 de novembro de 2024.

Sinais de demanda e Tarifaço de Trump

Os investidores buscaram suporte em sinais de demanda pelo grão dos Estados Unidos. Ainda que o produto siga pouco competitivo no mercado internacional, compradores fiéis, como Japão e Coreia do Sul importaram de ontem para hoje. Além disso, o México, outro cliente tradicional do trigo estadunidense, foi o principal destino das vendas dos EUA na semana encerrada em 30 de janeiro.

Ainda que o período seja anterior ao tarifaço de Donald Trump, os investidores tomam este como mais um sinal de que o comércio de commodities agrícolas não deve ser impactado por guerras comerciais. O adiamento da implementação das tarifas em 30 dias, para que os países negociem, trouxe alívio ao mercado logo após uma segunda-feira volátil em meio às incertezas sobre o tema.

Completando o quadro altista, aparece a desaceleração das exportações da Rússia, assim como a elevação do preço do produto daquele país contribuem com a valorização. O milho operando em patamares elevados, não vistos há praticamente oito meses também favorecem a alta, uma vez que sinalizam para um possível aumento da demanda pelo trigo. Os dois cereais são substitutos um do outro na fabricação de ração animal. Além disso, os agentes seguem monitorando o clima frio nos EUA.

Dados do USDA

As vendas líquidas norte-americanas de trigo, referentes à temporada comercial 2024/25, que tem início em 1o de junho, ficaram em 438.900 toneladas na semana encerrada em 30 de janeiro. Destaque para a venda de 122.000 toneladas para o México. Para a temporada 2025/26, foram mais 47.300 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 200 mil e 550 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O USDA divulga na próxima terça-feira seu relatório mensal de oferta e demanda. Segundo analistas consultados por agências internacionais, os estoques finais dos Estados Unidos em 2024/25 devem ser indicados em 800 milhões de bushels, contra 798 milhões em janeiro. As estimativas variaram de 785 milhões a 823 milhões de bushels. Em 2023/24, foram 696 milhões de bushels.

Os estoques globais ao final de 2024/25 são esperados em 258,7 milhões de toneladas, contra 258,8 milhões em janeiro. O volume mínimo estimado foi de 255,3 e o máximo, 261 milhões de toneladas. Em 2023/24, foram 267,5 milhões de toneladas.

Preços de fechamento

Os contratos com entrega em março de 2025 estão cotados a US$ 5,87 3/4 por bushel, alta de 15,50 centavos de dólar, ou 2,7%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em maio de 2025 operam a US$ 5,98 3/4 por bushel, ganho de 14,25 centavos de dólar, ou 2,43% em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Gabriel Nascimento / Agência SAFRAS



 


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