Categories: Sustentabilidade

Chicago/CBOT: Milho fechou o dia em baixa guerra tarifaria de volta ao radar após caso da Colômbia – MAIS SOJA


Comentários referentes à 27/01/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 27/01

Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,92% ou $ -4,50 cents/bushel a $ 482,00. A cotação para maio, fechou em baixa de -0,86 % ou $ -4,25 cents/bushel a $ 492,25.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta segunda-feira. As cotações do milho cederam em sintonia com a grande maioria das commodities, visto a pressão vinda do mercado de ações, que acumulando grandes perdas realizou lucros para cobrir os saldos negativos e reduzir riscos.

A guerra tarifária voltou a rondar o milho nesta segunda-feira. Durante o final de semana o novo presidente voltou a ameaçar tarifas ao Canadá e ao México. Este segundo o maior comprador de milho americano. Um imbróglio com o governo colombiano também pesou sobre as cotações. Apesar de aparentemente resolvida a situação, a possibilidade de impor tarifas de até 50% para os colombianos poderia prejudicar as vendas de milho para um dos principais compradores do cereal americano. O presidente Gustavo Pietro chegou a falar especificamente do cereal em sua carta resposta ao presidente Trump “Que nosso povo plante o milho que foi descoberto na Colômbia e alimente o mundo.” Caso as tarifas sigam, o Brasil aumentar o seu fornecimento de milho para a Colômbia.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fechou em baixa com queda de Chicago, dólar e colheita no Brasil

Os principais contratos de milho encerraram o dia em baixa nesta segunda-feira (27). Nova queda de Chicago e o dólar voltam a pressionar as cotações da B3. A Secex informou que os embarques de milho estão em 2.695.321,8 toneladas, isso representa apenas 55,27% do total exportado no mesmo momento do ano passado. No entanto é sabido que a última safra foi largamente utilizada no mercado interno, para a produção de ração e etanol.

A entrada da nova safra de verão e o plantio da safrinha também começam a pressionar o mercado em algumas praças. Segundo o Cepea publicou nesta segunda-feira “Levantamentos do Cepea mostram que produtores continuam focados na colheita da safra verão e no início da semeadura da segunda safra. Assim, o ritmo de negociações está mais lento, e os preços registram leves ajustes na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. De modo geral, enquanto o clima seco e quente em parte do Paraná e do Rio Grande do Sul favorece a colheita da safra de verão, também gera preocupação com a semeadura da segunda safra, como em Mato Grosso do Sul e no PR. Já em Mato Grosso, o maior volume de precipitações nos últimos dias tem reduzido o ritmo das atividades.”

OS FECHAMENTOS DO DIA 27/01

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em queda no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 74,91 apresentando baixa de R$ -0,30 no dia, baixa de R$ -3,22 na semana; maio/25 fechou a R$ 74,70, baixa de R$ -0,13 no dia, baixa e R$ -1,27 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 70,75, baixa de R$ -0,39 no dia e baixa de R$ -1,74 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
ARGENTINA-COMEÇOU HOJE REDUÇÃO DAS RETENCIONES (baixista)

Começou hoje e vai até 30 de junho a redução temporária de tarifas de exportação na Argentina, o que pode impulsionar maiores vendas do terceiro maior fornecedor mundial de milho.

ARGENTINA-CHUVAS MELHORAM O ESTADO DAS CULTURAS (baixista)

Como observamos anteriormente, as chuvas registradas no fim de semana e hoje nas áreas agrícolas argentinas contribuíram para a tendência de baixa do milho e da soja, devido ao alívio que podem proporcionar às culturas que precisam de aportes de umidade mais regulares para evitar perdas maiores. aquelas que são já está sendo avaliado pelos estimadores.

ARGENTINA-USDA REDUZ PRODUÇÃO (altista)

Na última sexta-feira, o adido agrícola do USDA na Argentina estimou o volume da colheita argentina de milho em 49 milhões de toneladas e as exportações em 34 milhões, abaixo dos 51 e 36 milhões de toneladas previstos pelo órgão em seu último relatório mensal, respectivamente. Vale esclarecer que as estimativas do adido agrícola não são vinculativas para a elaboração do relatório mensal. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires e a Bolsa de Comércio de Rosário projetaram o volume da colheita em 49 e 48 milhões de toneladas, respectivamente.

BRASIL-PLANTIO DA SAFRINHA CONTINUA ATRASADO (altista)

Assim como no caso da soja, com dados até quinta-feira, a consultoria AgRural informou hoje o avanço da semeadura da safra brasileira de milho safrinha em 2,2% da área planejada no Centro-Sul do país, contra 0,3% da semana anterior e 11,4% do mesmo período em 2024.

E quanto à primeira colheita, a empresa informou seu progresso em 9% da área, ante 4% da semana anterior e 12% do mesmo período em 2024 % válido há um ano.

EUA-EXPORTAÇÕES MENORES (baixista)

Em seu relatório semanal de fiscalização de embarques americanos, o USDA informou hoje embarques de milho de 1.247.004 toneladas, abaixo das 1.542.329 toneladas do relatório anterior, mas dentro do intervalo calculado pelo setor privado, que era de 1 para 1,40 milhão de toneladas .

EUA-NOVA VENDA

Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de milho dos EUA para
2024/2025 para o México, por 139.000 toneladas.

EUA/COLÔMBIA-UM DOS PRINCIPAIS IMPORTADORES DE MILHO AMERICANO (baixista)

O mercado acompanha de perto as relações diplomáticas entre Estados Unidos e Colômbia, após o governo americano ameaçar no fim de semana aplicar tarifas de 25% – com possibilidade de aumentá-las para 50% – aos produtos importados do país. A América do Sul, que recusou-se a receber aviões militares transportando colombianos deportados dos EUA.

No domingo, o governo de Gustavo Petro finalmente aceitou a deportação e, em resposta a isso, a Casa Branca anunciou que a imposição de tarifas e sanções à Colômbia “permanecerá em vigor”. reserva e não será assinado a menos que a Colômbia não cumpra este acordo.” O valor agrícola da notícia é que a Colômbia é um dos principais importadores de milho americano, que, diante de uma disputa diplomática como a que surgiu no fim de semana, pode optar por aumentar suas compras no Brasil.

Fonte: T&F Agroeconômica



Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais ( Site ,  Facebook ,  Instagram ,  Linkedin ,  Canal no YouTube )



Post Views: 1

agromt

Recent Posts

Saiba como ficou o mercado de soja após os números do USDA

O mercado brasileiro de soja teve uma semana de intensas movimentações. Os principais fatores foram…

3 horas ago

Panorama do Agro – Semana de 12 a 16 de maio – MAIS SOJA

1. Boletim Focus prevê arrefecimentos da inflação nas últimas semanas. 2. Desemprego aumenta para 7,0%…

4 horas ago

Encontro do BRICS debate sobre segurança alimentar

Nos dias 14 e 15 de maio, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do…

5 horas ago

México entra na lista e suspende produtos avícolas do Brasil

O governo do México confirmou neste sábado (17) a suspensão das importações de produtos avícolas…

5 horas ago

Saiba os produtores e pesquisadores que venceram o Prêmio Personagem Soja Brasil!

A cerimônia do Prêmio Personagem Soja Brasil, safra 24/25, foi realizada na última quarta-feira (14),…

8 horas ago

Chile e Uruguai também suspendem compra de frango do Brasil

Os países Chile e Uruguai anunciaram, nesta sexta-feira (16), a suspensão das importações de carne…

9 horas ago