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índice de vegetação das lavouras do Sul anunciam quebra de safra

A seca persistente traz o risco de quebra de safra de soja 2024/25 em toda a Região Sul do Brasil, mostram as imagens de satélite da EarthDaily Agro.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm enfrentado baixa precipitação desde dezembro, com impactos claros nas condições das lavouras, conforme apontado pelo índice de vegetação (NDVI).

Felippe Reis, analista de culturas da empresa, enfatiza que nas lavouras gaúchas, a umidade do solo diminuiu drasticamente nas últimas semanas, e mesmo com previsão de chuva nos próximos dias, o volume esperado parece insuficiente para recuperar as condições das lavouras.

Segundo ele, o NDVI apresenta sinais de deterioração, embora em níveis melhores que os dos anos críticos de 2022 e 2023.

Já em Santa Catarina, até meados de dezembro, o volume de chuvas foi considerado satisfatório. “No entanto, a seca ganhou força em janeiro, causando deterioração evidente no NDVI, ainda que este esteja em níveis superiores aos de 2022”, ressalta.

No Paraná, por sua vez, desde o final de dezembro, as lavouras têm apresentado dinâmica negativa no índice de vegetação, indicando uma possível quebra de safra para o ciclo atual.

Em Mato Grosso do Sul, o acumulado de precipitação desde 15 de dezembro lembra os anos ruins de 2022 e 2024, ambos marcados por quebras de safra. “O NDVI no estado aponta condições piores que as registradas em 2024, quando houve uma perda de 15% da produtividade”.

Os estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais apresentam perspectivas otimistas em relação ao potencial produtivo, com o NDVI indicando boa evolução das lavouras, aponta a EarthDaily Agro.

Em Mato Grosso, o NDVI apresenta evolução favorável, superior ao desempenho observado em 2023, ano em que a produtividade foi 7% superior à tendência histórica. “Com base nos dados mais recentes, estima-se uma produtividade de 3,91 toneladas por hectare, o que, caso confirmado, representará um recorde para o estado”, diz Reis.

Para o analista, outro destaque no cenário produtivo é a Bahia, que projeta produtividade recorde de 4,8 toneladas por hectare, representando aumento de 27% em relação ao ciclo anterior.

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