O mercado brasileiro de milho registrou preços em alta ao longo da semana. O ritmo de negócios foi fraco, uma vez que o volume de oferta disponibilizado para venda se mostrou bastante limitado por parte dos produtores. Os consumidores encontraram certa dificuldade para a busca por lotes, o que contribuiu para um aumento das cotações em algumas praças do Paraná e de São Paulo.
Conforme a Safras Consultoria, mesmo em estados que já apresentam avanços na colheita da safra de verão, caso do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os preços seguem em patamares elevados, sem apresentar uma pressão natural pelo ingresso de ofertas.
No cenário internacional, a Bolsa de Chicago registrou uma boa elevação nas cotações frente à semana passada, após o surpreendente relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que cortou os números da safra e dos estoques de passagem do país e do mundo na temporada 2024/25.
Também pesa para os preços mais altos em Chicago as preocupações com a falta de chuvas na Argentina que pode comprometer a safra de milho do país. O radar do mercado também está voltado para o Brasil, com a seca atingindo algumas regiões e os volumes expressivos de precipitações sendo registrados na faixa central e norte do país.
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 72,76 no dia 16 de dezembro, alta de 1,70% frente aos R$ 71,54 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi cotado a R$ 71,00, inalterado frente à última semana.
Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 80,00 na semana, avanço de 2,56% frente aos R$ 78,00 da semana passada. Na região da Mogiana paulista, o cereal avançou 1,33%, de R$ 75,00 para R$ 76,00.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca baixou 2,94%, de R$ 68,00 para R$ 66,00 por saca. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço aumentou 2,78%, de R$ 72,00 para R$ 74,00 a saca.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda para a saca subiu 1,47%, de R$ 68,00 para R$ 69,00. Em Rio Verde, Goiás, a saca seguiu em R$ 67,00.
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 287,564 milhões em janeiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 41,080 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,322 milhão de toneladas, com média de 188,982 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 217,40.
Em relação a janeiro de 2024, houve queda de 19,1% no valor médio diário da exportação, perda de 14,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,2% no preço médio.
Fonte: Arno Baasch / Safras News
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