A cultura está em colheita no Rio Grande do Sul. Em algumas regiões, as primeiras áreas colhidas apresentam excelentes resultados. A ausência de chuvas afeta as lavouras em estágio reprodutivo de maneira mais intensa, e o plantio está impactado pela reduzida umidade do solo. 16% das áreas estão colhidas no Estado.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o processo de colheita das lavouras de milho está evoluindo com bom rendimento operacional nos municípios da Fronteira Oeste, favorecido pelo tempo seco. A quebra nas lavouras de sequeiro plantadas entre agosto e início do setembro está bastante variada, conforme o volume de chuvas ocorrido em novembro. As lavouras implantadas a partir da segunda quinzena de setembro devem sofrer perdas maiores, e já se iniciam alguns pedidos de Proagro. Em São Borja, onde está plantada a maior área de milho do Estado (15 mil hectares), foram colhidos 40%, e o restante já concluiu o ciclo. Nas áreas irrigadas, as produtividades oscilam entre 10.200 e 10.800 kg/ha; nas de sequeiro, estão abaixo da expectativa inicial, variando de 4.200 a 5.400 kg/ha.
Em Maçambará, onde foram plantados 2.500 hectares, 15% das lavouras foram colhidas, e as produtividades variam de 8.400 a 10.800 kg/ha nas áreas irrigadas. Estão 60% em maturação e 15% em fase de enchimento de grãos. Em Quaraí, as lavouras em fase de maturação apresentam muito bom potencial produtivo. As de plantio mais tardio estão sofrendo diariamente com a falta de chuva, e são estimadas perdas de 20%.
Na Campanha, há fortes sintomas de estresse hídrico nas lavouras em solos arenosos, em solos rasos e em áreas com plantas jovens de raízes pouco profundas. Em algumas áreas plantadas após o Natal, o estande está péssimo devido à falta de umidade no momento do plantio. Apenas as áreas irrigadas estão em período de floração e enchimento de grãos. As demais áreas devem atingir o período reprodutivo até o final de janeiro, quando há expectativa de retorno das chuvas.
Na de Caxias do Sul, as condições ambientais favoreceram os cultivos, que apresentam ótimo vigor e coloração. A fitossanidade é considerada adequada. A maioria das áreas se encontram nas fases reprodutivas – florescimento e enchimento de grãos. Em razão desse panorama, as expectativas de rendimento e de produção estão bem acima da média inicial.
Na de Erechim, a colheita evoluiu para 10%. A maior parte das lavouras está em enchimento de grãos. Porém, os produtores estão muito descontentes com os baixos preços.
Na de Frederico Westphalen, a colheita foi intensa e está finalizada em 30% da área. A produtividade continua satisfatória.
Na de Ijuí, a colheita avançou, chegando a 12% da área, e a produtividade média está em torno de 10 mil kg/ha, mas varia de 6.960 a 12.000 kg/ha entre os municípios.
Na de Passo Fundo, 17% das lavouras entraram em maturação. Na de Pelotas, a semeadura foi concluída em 86% da área.
Na de Santa Maria, as lavouras semeadas precocemente foram colhidas, e a maioria não apresentou prejuízos pelo estresse hídrico. Contudo, a maior área cultivada na região está no período reprodutivo, podendo sofrer perdas em razão da indisponibilidade de umidade nas lavouras. Dos 46.457 hectares semeados na região, há significativa possibilidade de redução da estimativa inicial prevista de 5.772 kg/ha.
Na de Santa Rosa, o plantio de milho safra está concluído, atingindo 89% da área; o restante será semeado em safrinha, quando as condições de umidade permitirem. Da área já plantada 39% foram colhidos, e a produtividade média atingiu a esperada para a região, de 7.592 kg/ha, que incluem as lavouras irrigadas, as quais apresentam ótimo desenvolvimento. A continuidade do tempo seco proporcionou avanço na colheita de milho, e muitos agricultores têm se surpreendido com a satisfatória produtividade dos cultivos de sequeiro.
Na região das Missões, a produtividade é de 5.100 kg/ha, e a esperada era de 4.200 kg/ha. Já na Fronteira Noroeste, a produtividade varia entre 6.500 e 9.000 kg/ha. Nos cultivos em sistema irrigado, a expectativa de produtividade se manteve em 10.800 kg/ha. De forma geral, as perdas são de aproximadamente 10% da produtividade inicialmente prevista em toda a região. Essas variações podem ter ocorrido em função do tipo de solo, da variedade e da época de plantio. A implantação do milho safrinha assim como de milho silagem será realizada somente quando as condições de umidade no solo permitirem.
Na de Soledade, iniciou a colheita de milho do cedo em 2% da área no Baixo Vale do Rio Pardo. Em Santa Cruz do Sul, em algumas lavouras, as produtividades estão excelentes, passando de 9 mil kg/ha. Contudo, há casos de produtores solicitando Proagro devido à falta de chuvas, que se estendeu por 17 dias em novembro, na fase de florescimento. As lavouras do cedo estão em enchimento de grãos (46%) e maturação fisiológica (20%). A colheita se concentra entre final de janeiro e início de fevereiro. O quadro geral dessas lavouras do cedo é de normalidade e baixos percentuais de perda.
Seguiu a semeadura de lavouras tardias pós-tabaco, silagem e feijão, porém a redução da umidade do solo desacelerou a operação. Em muitas dessas áreas, os sintomas de estresse hídrico são evidentes; em algumas, os níveis de danos estão severos, como folhas enroladas com aspecto de murcha. Continua o monitoramento e o controle de cigarrinha em algumas áreas com semeadura tardia, pois são mais suscetíveis ao ataque dessa praga.
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 0,42%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 67,02 para R$ 66,74. Bolsa de Cereais de Cruz Alta está em R$ 70,00/sc. para produto disponível.
Confira o Informativo Conjuntural n° 1850 Emater/RS completo, clicando aqui!
Fonte: Emater RS
Autor:Informativo Conjuntural 1850
Site: EMATER/RS
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