A produção brasileira de cacau registrou queda de 18,5% em 2024, com 179.431 toneladas de amêndoas recebidas, frente às 220.303 toneladas em 2023, segundo a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). A redução reflete problemas climáticos e o avanço de pragas como a vassoura-de-bruxa e a podridão-parda.
Apesar da retração, o mercado global de cacau alcançou preços históricos devido à crise produtiva na África, principal região produtora. Em Nova Iorque, os contratos futuros subiram 165% ao longo do ano, refletindo déficits globais consecutivos e baixa liquidez nas bolsas.
Impacto Regional
A Bahia, principal estado produtor, viu uma redução de 21,8% na oferta, enquanto o Pará registrou queda de 11,9%. Outros estados como Espírito Santo e Rondônia também enfrentaram quedas significativas na produção, intensificando os desafios para a indústria nacional.
A moagem brasileira caiu 9,5% em 2024, totalizando 229.334 toneladas. Já as exportações de derivados cresceram 6,2%, alcançando 50.257 toneladas, com destaque para mercados na Argentina, Estados Unidos e Países Baixos.
Segundo Anna Paula Losi, presidente-executiva da AIPC, os desafios da oferta nacional reforçam a necessidade de diversificação e políticas de suporte para garantir resiliência ao setor. “O mercado global busca alternativas para superar a crise africana, com esforços na diversificação da produção em outras regiões”, analisa.
O mercado de cacau inicia 2025 com incertezas. A relação estoques-demanda global permanece apertada, enquanto os custos elevados e a volatilidade nas bolsas internacionais afetam produtores e investidores. Sinais de desaceleração na moagem e os impactos climáticos na África Ocidental são fatores críticos a serem monitorados.
Os analistas apontam que a resiliência na demanda e a possibilidade de novos déficits na oferta devem manter os preços elevados e o mercado instável no curto prazo.
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